Gentileza é um modo de agir, um jeito de ser, uma maneira de enxergar o mundo. Dessa forma, ser gentil é um atributo muito mais sofisticado e profundo do que ser educado ou meramente cumprir regras de etiqueta, porque embora possamos (e devamos) ser educados, a gentileza trata de uma característica diretamente relacionada com caráter, valores e ética; sobretudo, tem a ver com o desejo de contribuir com um mundo mais humano e eficiente para todos.
Percebemos que as pessoas não conseguem ser gentis porque a rotina nos cega.
Pressionados por idéias equivocadas, que nos pressionam a ter sempre mais, a cumprir prazos sem nos respeitarmos, a atingir metas que, muitas vezes, não fazem parte de nossa missão de vida e daquilo em que acreditamos nos tornamos mais e mais insensíveis.
E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso.
É por isso que, a meu ver, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem que ser uma escolha pessoal, um entendimento de que podemos fazer a nossa parte e contribuir sim para um mundo melhor. Leonardo Boff tem uma frase maravilhosa que resume bem o que quero dizer: “Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações”.
Ser gentil nada tem a ver com ser bobo e fazer o que todos querem que a gente faça. Muito pelo contrário: quanto mais gentil somos com as pessoas, mais gentil somos também com nossa verdade, com nossos valores.
Assim, dificilmente nos aviltaremos em nome de algo que não esteja de acordo com nosso coração. Pessoas que dizem sim a todos, por exemplo, estão, na realidade, reforçando uma imagem de ‘vítimas da vida’, alimentando um argumento de ‘coitadinhas’, de extremamente boas e injustiçadas. Isso não é ser gentil e demonstra mais uma dificuldade em lidar com sua própria carência do que a força ou o poder contido na gentileza. Aprender a dizer não nem sempre é uma tarefa simples. A gente aprende que tem que corresponder às expectativas de quem amamos, desde pequeninos; daí, quando crescemos, não sabemos dizer não sem nos sentirmos culpados. Daí para justificar nosso medo de dizer não, é um pulo; afinal, é bem mais fácil transferirmos a responsabilidade de nossas limitações para o outro do que admitir que somos os únicos responsáveis por tudo que fazemos, dizemos e somos.
Ser gentil é extremamente benéfico quando se entende que a gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações, transforma humores, melhora as relações, enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na de quem se permite receber gentilezas.
No ambiente de trabalho, por exemplo, é fato de que as empresas têm preferido, cada vez mais, profissionais dispostos a solucionar problemas e favorecer as conciliações. Afinal de contas, competência técnica é oferecida em universidades de todo o país, mas habilidades humanas como a gentileza são características escassas e muito bem quistas no mundo atual.
Pesquisas diversas têm demonstrado que a gentileza também pode nos deixar mais felizes.
Não faz diferença em termos de felicidade se ajudamos um ente querido ou um estranho, mas o resultado pode ser diferente, por que o ato pequeno e anônimo faz com que a gente se sinta uma pessoa muito boa. Mas um grande ato de gentileza feito a alguém que conhecemos pode ter conseqüências sociais: podemos fazer um novo amigo ou receber agradecimentos generosos. Dessa forma, pagar um café para um estranho pode levantar o astral por algum tempo, mas auxiliar um vizinho idoso a fazer compras talvez ajude a melhorar de fato um relacionamento.
A gentileza nos faz bem de outras maneiras, por exemplo: os que ajudam os outros regularmente têm mais saúde mental e menos depressão, dizem as pesquisas. Pessoas solidárias têm menos probabilidade de sofrer de doenças crônicas, e seu sistema imunológico tende a ser melhor, porque existe uma relação direta entre bem-estar, felicidade e saúde nas pessoas.
A gentileza talvez ajude a regular as emoções, o que causa impacto positivo sobre a saúde. Se nosso instinto biológico automático do tipo” lutar ou correr” ficar ativo demais por causa do estresse, o sistema cardio-vascular é afetado e a imunidade do corpo enfraquece. Portanto, é difícil ficar zangado, ressentido ou amedrontado quando se tem amor altruísta pelos outros, em outras palavras, quando se é gentil.
Rosana Braga, Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos, em seu livro “O poder da gentileza”, nos dá 10 dicas para facilitar a prática da gentileza. Diz ela: “Creio que se conseguirmos incorporar pelo menos algumas dessas ações, nossa vida já se tornará bem mais leve e gostosa.”
1. Tente se colocar no lugar do outro. Isso o ajuda a entender melhor as pessoas, seu modo de pensar e agir.
2. Aprenda a escutar. Ouvir é muito importante para solucionar qualquer desavença ou problema
3. Pratique a arte da paciência. Evite julgamentos e ações precipitadas.
4. Peça desculpas. Isso pode prevenir a violência e salvar relacionamentos.
5. Pense positivo. Procure valorizar o que a situação e o outro têm de bom e perceba que este hábito pode promover verdadeiros milagres.
6. Respeite as pessoas quando elas pensarem e agirem de modo diferente de você. As diferenças são uma verdadeira riqueza para todos.
7. Seja solidário e companheiro. Demonstre interesse pelo outro, por seus sentimentos e por sua realidade de vida
8. Analise a situação. Alcançar soluções pacíficas depende de se descobrir a raiz do problema.
9. Faça justiça. Esforce-se para compreender as diferenças e não para ganhar, como se as eventuais desavenças fossem jogos ou guerras.
10. Mude a sua maneira de ver os conflitos. A gentileza nos mostra que o conflito pode ter resultados positivos e ainda tornar a convivência mais íntima e confiável.
E nesta insensibilidade, vamos agindo e nos relacionando com as pessoas - mesmo com aquelas que amamos - de forma menos gentil, mais apressada e mais automatizada, sem nem nos darmos conta disso.
É por isso que, a meu ver, ser gentil não pode depender do outro, não pode ser uma moeda de troca, tem que ser uma escolha pessoal, um entendimento de que podemos fazer a nossa parte e contribuir sim para um mundo melhor. Leonardo Boff tem uma frase maravilhosa que resume bem o que quero dizer: “Não serão nossos gritos a fazer a diferença e sim a força contida em nossas mais delicadas e íntegras ações”.
Ser gentil nada tem a ver com ser bobo e fazer o que todos querem que a gente faça. Muito pelo contrário: quanto mais gentil somos com as pessoas, mais gentil somos também com nossa verdade, com nossos valores.
Assim, dificilmente nos aviltaremos em nome de algo que não esteja de acordo com nosso coração. Pessoas que dizem sim a todos, por exemplo, estão, na realidade, reforçando uma imagem de ‘vítimas da vida’, alimentando um argumento de ‘coitadinhas’, de extremamente boas e injustiçadas. Isso não é ser gentil e demonstra mais uma dificuldade em lidar com sua própria carência do que a força ou o poder contido na gentileza. Aprender a dizer não nem sempre é uma tarefa simples. A gente aprende que tem que corresponder às expectativas de quem amamos, desde pequeninos; daí, quando crescemos, não sabemos dizer não sem nos sentirmos culpados. Daí para justificar nosso medo de dizer não, é um pulo; afinal, é bem mais fácil transferirmos a responsabilidade de nossas limitações para o outro do que admitir que somos os únicos responsáveis por tudo que fazemos, dizemos e somos.
Ser gentil é extremamente benéfico quando se entende que a gentileza abre portas, muda o rumo dos conflitos, facilita negociações, transforma humores, melhora as relações, enfim, propicia inúmeras vantagens tanto na vida de quem é gentil quanto na de quem se permite receber gentilezas.
No ambiente de trabalho, por exemplo, é fato de que as empresas têm preferido, cada vez mais, profissionais dispostos a solucionar problemas e favorecer as conciliações. Afinal de contas, competência técnica é oferecida em universidades de todo o país, mas habilidades humanas como a gentileza são características escassas e muito bem quistas no mundo atual.
Pesquisas diversas têm demonstrado que a gentileza também pode nos deixar mais felizes.
Não faz diferença em termos de felicidade se ajudamos um ente querido ou um estranho, mas o resultado pode ser diferente, por que o ato pequeno e anônimo faz com que a gente se sinta uma pessoa muito boa. Mas um grande ato de gentileza feito a alguém que conhecemos pode ter conseqüências sociais: podemos fazer um novo amigo ou receber agradecimentos generosos. Dessa forma, pagar um café para um estranho pode levantar o astral por algum tempo, mas auxiliar um vizinho idoso a fazer compras talvez ajude a melhorar de fato um relacionamento.
A gentileza nos faz bem de outras maneiras, por exemplo: os que ajudam os outros regularmente têm mais saúde mental e menos depressão, dizem as pesquisas. Pessoas solidárias têm menos probabilidade de sofrer de doenças crônicas, e seu sistema imunológico tende a ser melhor, porque existe uma relação direta entre bem-estar, felicidade e saúde nas pessoas.
A gentileza talvez ajude a regular as emoções, o que causa impacto positivo sobre a saúde. Se nosso instinto biológico automático do tipo” lutar ou correr” ficar ativo demais por causa do estresse, o sistema cardio-vascular é afetado e a imunidade do corpo enfraquece. Portanto, é difícil ficar zangado, ressentido ou amedrontado quando se tem amor altruísta pelos outros, em outras palavras, quando se é gentil.
Rosana Braga, Escritora, Jornalista e Consultora em Relacionamentos, em seu livro “O poder da gentileza”, nos dá 10 dicas para facilitar a prática da gentileza. Diz ela: “Creio que se conseguirmos incorporar pelo menos algumas dessas ações, nossa vida já se tornará bem mais leve e gostosa.”
1. Tente se colocar no lugar do outro. Isso o ajuda a entender melhor as pessoas, seu modo de pensar e agir.
2. Aprenda a escutar. Ouvir é muito importante para solucionar qualquer desavença ou problema
3. Pratique a arte da paciência. Evite julgamentos e ações precipitadas.
4. Peça desculpas. Isso pode prevenir a violência e salvar relacionamentos.
5. Pense positivo. Procure valorizar o que a situação e o outro têm de bom e perceba que este hábito pode promover verdadeiros milagres.
6. Respeite as pessoas quando elas pensarem e agirem de modo diferente de você. As diferenças são uma verdadeira riqueza para todos.
7. Seja solidário e companheiro. Demonstre interesse pelo outro, por seus sentimentos e por sua realidade de vida
8. Analise a situação. Alcançar soluções pacíficas depende de se descobrir a raiz do problema.
9. Faça justiça. Esforce-se para compreender as diferenças e não para ganhar, como se as eventuais desavenças fossem jogos ou guerras.
10. Mude a sua maneira de ver os conflitos. A gentileza nos mostra que o conflito pode ter resultados positivos e ainda tornar a convivência mais íntima e confiável.
Um comentário:
muito bom, o texto.
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