A verdadeira viagem da descoberta
consiste não em buscar novas paisagens, mas em ter olhos novos.
MARCEL PROUST
Nesta
tarde de segunda-feira gostaria de dividir com você uma notícia sobre um fato
verídico que li hoje a caminho de casa, sobre a experiência de um renomado
navegador brasileiro. Esse homem, em uma de duas viagens rumo à região gélida,
atracou a embarcação em lugar que julgou conveniente e, em dado momento,
começou a ouvir um ruído semelhante a uma frigideira que estivesse sob a ação
de um forte bico de gás a fritar alguma coisa. Disse esse navegador, nessa
reportagem, que pensou até, obviamente em tom de pilhéria, que algum esquimó
estivesse a fritar o seu peixe ali por perto.
Procurando
pela causa do ruído, identificou que ele surgia do encontro de um filete de
água doce que, por algum motivo, descongelara e encontrava-se com a água
salgada do mar. Interessado, pensou em apanhar a máquina fotográfica e
documentar o fato. Ao mesmo tempo, porém lembrou-se de que ali ficaria por um
período de um ano e que haveria outras oportunidades de documentar o
encontrado.
Relata
ainda que nunca mais o fato se repetiu durante a sua longa estada naquela
região, trazendo-lhe o alerta para não deixar passarem as oportunidades de cada
dia por serem diferentes dos outros que sucederão! Diz uma filosofia
espirutualista que o dia mais importante de cada ser humano é o dia de hoje,
porque o ontem nunca mais retornará, e o amanhã está sendo construído no
momento presente!
Para refletir
Veja,
amigo leitor, que grande verdade essa representada por um exemplo da realidade
do dia-a-dia na história do navegador! Deixou de documentar o fato encontrado
julgando que se repetiria outras vezes, o que nunca mais ocorreu.
Você
já parou para analisar quantas coisas importantes lhe surgem no momento
presente e que nunca mais poderão se repetir?!
A
alegria de uma filha (Sophie) que, sentada em seu colo, ouve atentamente uma
explicação dada ou uma história infantil.
O botão de rosa que desabrocha no jardim da casa do Edu e, seguindo
o ciclo biológico, acabará por murchar.
As
estrelas que enfeitam a sua noite num bordado particular para cada
interpretação e sentimento humano.
O convite do sol que pela manhã lhe ilumina o quarto e lhe aquece a
pele.
A
chuva da tarde na cidade das mangueiras que tamborila no telhado de sua casa
com uma canção que só você é capaz de entender.
A pessoa que lhe estende as mãos nas ruas da cidade, ou no portão de
sua casa, suplicando alguma coisa.
O
comentário maledicente que você deixou de passar adiante, matando-o em sua
discrição.
O bom juízo emitido sobre o comportamento de alguém que você não
possui recursos para analisar com profundidade e justiça, ao invés de
participar da crítica destrutiva.
A
lembrança em oração pelo enfermo no leito de um hospital, antes de recolher-se
ao sono abençoado da noite, a proporcionar-lhe descanso para mais um dia de
lutas e conquistas.
A prece pelo privado de liberdade recolhido na cela fria e distante
do calor e do afeto dos entes queridos. Sim! Eles também são amados pelos
familiares e por Deus, que os criou dando-lhes o livre-arbítrio,
temporariamente empregado de maneira errada.
A
súplica do socorro endereçada à Divina Providência pelos países envolvidos com
as barbaridades das guerras, da fome e das enfermidades.
O término de um mal-entendido com a namorada, noiva, esposa, como o
marido, com algum dos filhos para que nosso dia brilhe mergulhado na paz.
O
alimento que nos abençoa à mesa enquanto tantos vagueiam embriagados para esquecerem-se
da dor da fome.
Da roupa asseada e perfumada que nos permite trabalhar de maneira
higiênica e ganhar o pão de cada dia com respeito.
Os
animais de estimação que, sem nenhuma cobrança, dedicam-nos fidelidade e
carinho.
Finalizando para recomeçar
Enfim,
meu amigo, são tantas coisas a observar e a registrar na grandeza do dia que
vivemos que, enumerá-las, seria tarefa impossível.
Se
você já viu ou ouviu uma frigideira fritar ao longe como o navegador da
história, quando descobrir a causa, não deixe de registrá-la. Quanto mais
enriquecemos o momento presente, mais nos esquecemos dos dias ruins e
preparamos um amanhã maior.
Está
em nossas mãos, em nossa capacidade de ver e desejar enxergar, de escutar e desejar ouvir, tomar atitudes para um mundo
melhor.
Amplie
o seu museu particular de acontecimentos bons que o dia de hoje lhe
oferece para que você o visite a todo instante.
Registre
as suas muitas vitórias no suceder dos minutos e das horas que lhe compõem o
dia para que à noite, quando se recolher para o devido repouso, possa levar
para o travesseiro macio e o lençol perfumado a certeza de que o seu dia foi um
DIA BOM MESMO!
Pense com o
Edu! – Nesses tempos
sombrios o contato com a vida se banaliza. Não raro, fotografa e postar nas
redes sociais a imagem de uma paisagem parece mais urgente que simplesmente
apreciar a beleza do lugar e conecta-se com o que essa vivencia inspira.
Olá queridos
leitores! Seja bem-vindo ao meu blog. O seu comentário é um incentivo a novos
posts. Eles são a maior recompensa por cada pesquisa, cada palavra escrita.
Então...Que tal deixar o seu recadinho? Vou ficar muito feliz em recebê-lo.
Quem desejar ou quiser comentar enviar perguntas, depoimento ou sugestões de
tema ao blog, basta enviar um e-mail para nosso endereço eletrônico: edu.com28@yahoo.com.br
Aguardamos sua
participação. Um abraço fraterno a todos do amigo Eduardo Campos
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : Ricardo Orestes.
³ Fonte imagem : https://saibadesign.files.wordpress.com/2010/10/snoopy-and-charlie-brown.jpg
Livro de Referência: Forni, Ricardo Orestes. Bom Dia Mesmo! Editora EME, Capivari – SP. 2005
Written by
Eduardo Campos all rights reserved.