Precisamos
aprender a observar cada arco-íris até o fim, saboreando esses instantes de
maravilhosa beleza, sem deixar que passem, assim, correndo, ou tão rápido, como
dizemos popularmente.
A
pressa não é apenas inimiga da perfeição mas também da alegria, do deleite e
das emoções verdadeiras.
Eduardo Campos
Se
um arco-íris dura mais do que quinze minutos, não o olhamos mais.
A
constatação é do filósofo alemão Goethe e representa muito do que vai na alma
humana, nestes dias.
Nós,
da geração do imediato, do prático, do instantâneo, acabamos tendo dificuldade
em nos demorarmos em qualquer experiência que seja, mesmo que prazerosa.
Por
que será que muitos de nós acostumamos com a beleza e, então, deixamos de
contemplá-la?
Por
que será que muitos nos habituamos com as coisas boas que temos na vida e
deixamos de valorizá-las?
Alguns não observamos mais as estrelas
como se, depois de algum tempo, perdessem sua grandiosidade, seu mistério e
deixassem de ser interessantes.
Alguns esquecemos de olhar o
pôr-do-sol. Afinal, ele acontece todo dia e talvez não nos surpreenda mais...
Outros deixamos de admirar a esposa, o
marido, os filhos, como se esses arco-íris, que temos ao nosso lado, perdessem
suas cores ao longo da convivência.
Alguns ainda deixam de se deslumbrar
com a própria existência, após alguns anos de luta, esquecendo que cada dia é
um novo milagre, uma nova chance, um novo arco-celeste multicolor.
De
tão focados no trabalho e nas questões práticas da vida cotidiana, que aprendemos
a ser, acabamos nos tornando grandes distraídos.
Sim,
distraídos no sentido de esquecidos, pouco atenciosos no que diz respeito às
questões mais importantes da existência.
Por
isso, em alguns momentos na vida precisamos parar tudo.
Parar
até de pensar tantas coisas ao mesmo tempo.
As técnicas de
meditação nos ensinam este valioso hábito:
Limpar a mente.
Pensar numa coisa de cada vez.
Pensar em algo por muito tempo, sem
deixar que a mente fique pulando de galho em galho.
Precisamos
aprender a observar cada arco-íris até o fim, saboreando esses instantes de
maravilhosa beleza, sem deixar que passem, assim, correndo, ou tão rápido, como
dizemos popularmente.
A
pressa não é apenas inimiga da perfeição mas também da alegria, do deleite e
das emoções verdadeiras.
Pare e observe com Edu!
Pare
e observe algo simples mas fascinante, como a disposição dos galhos numa grande
árvore. Imagine quantos seres têm sua moradia ali, escondidos, mas vivos e
atuantes no ecossistema.
Pare
e observe uma porção de água qualquer: um pequeno lago, uma poça ou até mesmo a
água dentro de um copo.
Perceba
o comportamento dela quando se gera alguma vibração. Note a forma das ondas.
Coloque
a ponta de um dos dedos e sinta a temperatura, a forma com que ela o envolve.
Pare
e observe a Sophie dormindo. Acompanhe a calma da respiração, a paz de sua
expressão, a beleza dos traços...
Pare
e observe a vida, os dias, as pessoas. Pare e observe o amor, onde quer que
esteja.
Nossa
alma se acalma, ganha forças e se aproxima do Criador, sem esforço, sem tensão.
Pare
e observe...
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¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : Momento Espírita
³ Fonte imagem : http://www.mundodechico.com/fmedina/2015/03/Imagem-para-MDC-Chico-Sofia-e-o-arco-iris-02.jpg
Livro de Referência: Recomeçar. Adeilson Salles. Editora CEAC.
2014
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Eduardo Campos all rights reserved.