Infelizmente, por mais compreensiva que uma mulher seja, ela jamais poderá entender completamente a impotência sexual a partir da perspectiva do homem. Uma mulher pode fingir um orgasmo, mas um homem jamais conseguirá fingir uma ereção. É por isso que aqueles que sofrem de disfunção erétil procuram sempre as desculpas mais esfarrapadas e, quando são confrontados com o problema, tendem a se sentir culpados e inseguros. Eles não têm como ou onde se esconder.
Outras coisas básicas
O pior – e mais triste – da história da disfunção erétil é que a imensa maioria dos homens se esquece na hora daquilo que ainda é capaz de fazer: criar um clima sensual, beijar, ser agradável, romântico, etc. O fundo da verdade é que muitos não estão preocupados em dar prazer para sua parceira. Querem apenas provar para si mesmos que ainda são “Homem”, com H maiúsculo. Ter uma ereção confiável é como um carimbo de qualidade no subconsciente masculino: “ainda sou macho!”. Lamentável.
Companheirismo
Vez ou outra, recebo perguntas e duvidas no blog de homens procurando um possível tratamento para a disfunção erétil sem conhecimento de sua esposa ou parceira. Sempre oriento que ajuda medica e sempre bem vinda. Mas tem um detalhe a maioria vai sozinha ao consultório. É óbvio que boa parte destes casos não possuem um bom resultado terapêutico. Os mais bem sucedidos são aqueles que os homens devem ir ao um consultório medico acompanhados. A avaliação do casal, a compreensão mútua do que está acontecendo e do que pode ser feito, é a chave para o sucesso.
Se você tem um exemplar desses em casa e deseja ajudar, minha recomendação é: procure um bom momento e pergunte diretamente “O que eu posso fazer para lhe ajudar?”.
Determinar exatamente qual é este momento é uma decisão delicada, mas vale a tentativa. Caso ele negue o problema, insista, mantenha uma atitude positiva, apele para os sentimentos de “macho protetor” que ainda existem sob aquela couraça. Por exemplo, você pode abordar a situação dizendo “eu tenho um problema e preciso que você me ajude”. E o seu problema é o fato dele ter um problema que afeta vocês dois.
Você também pode iniciar uma conversa sobre a disfunção erétil falando dos seus sentimentos: “Tenho me sentido mais sozinha ultimamente” e etc, e emende daí o motivo da sua solidão. Abordar o problema a partir de como você se sente em termos emocionais ajuda a retirar o homem da defensiva. Em uma relação onde existe amor, o desejo dele em vê-la bem o tornará capaz de contornar muitos obstáculos – inclusive o embaraço de admitir que sofre de disfunção erétil.
Existe tratamento
Se vocês têm uma linha de diálogo mais franca e você sentir que é possível, vá direto ao ponto: pergunte se ele sabe de alguma clínica ou médico especialista em disfunção erétil. Atualmente, mais de 80% dos casos de impotência crônica são causados por problemas físicos, orgânicos, que podem ser tratados. Por que continuar perdendo tempo?
Qualquer que seja o caminho que você tomou, assim que você conseguir convencê-lo a ir a um médico, vá junto. Não sei como, mas dê um jeito. Tenho certeza que sua presença no consultório na primeira avaliação será essencial. Se você o deixar ir sozinho, ele vai terminar dizendo ao médico que passou só para checar a pressão, contará duas piadas e não dará uma palavra sobre o problema. “E isso não constrói” O tempo passou, mas ele continua terrível, eu sei.
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