O
uso da chantagem emocional com os filhos é muito comum por parte de alguns
pais. Em vez de fazer uso da razão e do bom senso para persuadir o filho a agir
de forma correta, esses pais apelam para a chantagem.
Alguns
dizem: "se você não for bonzinho, eu
não gosto mais de você!" Geralmente o filho cede, pois não quer perder
o afeto dos pais.
Numa
idade em que a criança ainda não tem condições de perceber que os pais estão
blefando, fará de tudo para ser aceita.
Outras
vezes, quando o filho tem algum sentimento negativo, os pais falam: "sentir inveja é feio", "sentir ciúmes é vergonhoso", "ninguém gosta de quem guarda
mágoa". É certo que o filho irá dissimular os sentimentos, mas não
aprenderá a lidar com esses vícios que o infelicitam tanto. Afinal, quem não
faria tudo para não abrir mão do amor de quem se ama? Para merecer o amor de
seus pais, o filho esconderá o que sente e agirá de forma traiçoeira, sempre
que tiver ensejo.
Pais
que usam a chantagem emocional torturam o filho em vez de ajudá-lo a se
libertar das imperfeições. A criança deve ser orientada, educada, mas também
envolvida em afeto, carinho, proteção, aconchego. De forma alguma os pais devem
condicionar seu amor. O amor não deve ser barganhado. O bem-querer deve ser espontâneo
e independente do comportamento da criança. Nosso filho deve saber que o que
importa é a sua felicidade. Devemos passar a ele a certeza de que nossa relação
amorosa jamais estará em jogo. Como pais podemos não concordar com o
comportamento de nosso filho, mas jamais deveremos jogar com nosso carinho e
atenção. Devemos deixar bem claro que não aprovamos suas ações inadequadas, mas
que o amamos mesmo assim. Com essa atitude estaremos preservando nosso filho da
necessidade de esconder seus sentimentos. Daremos a ele a lição da honestidade,
da sinceridade, da humildade, pois ele saberá que suas fragilidades devem ser
enfrentadas, e não escondidas para agradar esta ou aquela pessoa. Com isto ele
também aprenderá a respeitar as limitações dos outros. Não evitará pessoas que
pensam, sentem e agem de forma diversa da sua.
O
seu bem-querer estará acima das diferenças de gostos, preferências,
conhecimentos, pontos de vistas, etc. E o que é mais importante: nosso filho
sentirá que pode educar suas más tendências sob a proteção do nosso amor e da
nossa ternura. E isso o ajudará muito na sua auto-educação. Isso mudará
totalmente o rumo que a criança dará ao seu mundo. Ela não precisará crescer
para compreender que o que seus pais sempre desejaram era sua felicidade e que,
por não saber muito como fazer isso, usavam a chantagem emocional como recurso.
Por
todas essas razões, vale a pena rever os meios que estamos usando para educar
nossos filhos. Ninguém duvida da boa intenção e do amor dos pais pelos filhos,
mas o que se pretende pensar é na melhor maneira de ajudá-los a se ajudarem.
Pense nisso!
Quando
seu filho manifestar algum sentimento nocivo, aproxime-se dele e o ajude a
refletir sobre o que está sentindo. Ajude-o a analisar seus maus pendores, mas
também enalteça suas virtudes, seus acertos, suas conquistas, pois estas são
mais importantes para sua felicidade. Faça-o sentir que seu amor por ele é
incondicional, e verá que tudo será mais fácil, tanto para seu filho como para
você.
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - Hermínio
Miranda
³ Fonte imagem : http://www.bloguesia.com.br/wp-content/uploads/2011/07/gato-de-botas1.jpg
Livro de Referência: livro Nossos filhos são Espíritos, Hermínio Miranda, ed. Arte e cultura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário