A jovem era muito
linda. Entrou no avião e começou a buscar com os olhos um lugar especial.
Poucos
passageiros haviam adentrado e havia muitos lugares vagos. Ela parecia não
estar satisfeita com a poltrona que lhe fora previamente marcada. Finalmente,
olhou para um senhor de cerca de quarenta anos, aproximou-se e se sentou na
poltrona ao seu lado.
Ela
trazia a amargura estampada na face e a solidão de sua alma parecia extravasar
por todos os poros.
Não
se passaram muitos minutos e ela tentou entabular uma conversa com o
companheiro de viagem.
De
início, ele se fez arredio mas, como ela insistisse, ele aquiesceu e começaram
uma conversa que se prolongaria pelas duas horas de vôo.
Ela
se mostrava ansiosa por encontrar alguém a quem pudesse dizer das suas
dificuldades.
Era
uma alma desejosa de orientação, de socorro. E aquele senhor, por sua formação
moral e religiosa, ofereceu-lhe, naqueles 120 minutos, material suficiente para
que ela pudesse refazer a sua vida.
Ela
se corrompera aos 14 anos. Dizia ter perdido tudo o que uma pessoa tem de bom,
de lindo e de digno.
Tudo
para ostentar jóias caras, essas coisas que convencionamos ser de valor.
Ele
lhe falou de solidariedade e espancou as nuvens densas em que ela se envolvia,
apresentando-lhe o sol da boa vontade.
Falou-lhe
de dignidade, de melhoria.
Convidou-a
a uma nova vida.
Ao
final da viagem, ela lhe disse que não sabia, exatamente, se poderia colocar em
prática tudo o que ele lhe falara. Mas que tentaria começar uma vida nova. Ao
se despedirem, ela o olhou e afirmou: O senhor tem o rosto tão alegre. Desde
que me sentei ao seu lado, vi que o senhor estava sorrindo. Não sorrindo com os lábios, não. Era
algo especial, que vinha do senhor. Por isso escolhi me sentar ao seu lado.
Estava imensamente triste e desejava me contaminar.
Refletindo com Edu!
Que
interessante a afirmativa da jovem. Desejava contaminar-se. Porque todos falam em contágio da doença e
ninguém se recorda do contágio da saúde. Esquecemo-nos de que a alegria, o bem
e o amor também contagiam.
Dessa
forma, é preciso se ligar às pessoas boas e ser uma delas. Deixar-se contagiar pelo bem. E mais
importante ainda: permitir-se ser uma pessoa alegre, otimista, dinâmica.
Alguém
que possa contaminar muitas pessoas, especialmente nesses dias em que impera a
tristeza, o pessimismo e as criaturas se entregam tanto ao desânimo e ao rol
das incertezas.
Pense com Edu!
Em
toda parte, onde transites, faze o bem com as tuas mãos e com o coração.
Utiliza a oração e esclarece com tua palavra fraterna, a fim de que te tornes
um pequeno sol, iluminando alheias vidas. Deixa que as tuas mãos se transformem
em estrelas brilhantes alcançando o infortúnio e iluminando as estradas do
mundo.
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¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - Maria Anita Rosas Batista / A jovem do avião, do e no verbete Bem
³ Fonte imagem : http://2.bp.blogspot.com/_menina+sorrindo.jpg
Livro de Referência: O jovem que escolheu o amor, pt. II, de
Maria Anita Rosas Batista, ed. Pierre-Paul Didier
Repositório de sabedoria, v. 1, Joanna de
Ângelis e Divaldo Franco, ed. Leal.
Written by
Eduardo Campos all rights reserved.
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