Ao
retornarem para casa, depois de um dia normal de aula escolar, mãe e filho
falavam sobre os acontecimentos daquela tarde. Durante o trajeto, era costume
conversarem sobre amenidades. Como o fim do ano se aproximava, a mãe resolveu
perguntar ao menino qual a impressão que ficara para ele, a respeito dos
professores. O garotinho contou detalhes sobre alguns deles, buscando com
cuidado, encontrar palavras que exprimissem suas verdadeiras impressões. Mas
acabou surpreendendo a mãe ao fazer a seguinte observação: Eu gosto mesmo é da
professora de História, sabe por quê? E, sem dar tempo da mãe pensar em algo
que justificasse o seu encantamento, ele seguiu com a resposta: É porque ela
trabalha com a nossa turma desde o começo do ano e em todos os dias ela fica tão
empolgada e feliz como se fosse o primeiro dia de aula!
Refletindo com Edu!
Essa
percepção infantil nos leva à reflexão de que, com o passar do tempo, é comum
que a maioria de nós diminua o interesse que mostramos, no momento inicial das
nossas atividades. É como se o comodismo fosse um comportamento esperado. E,
quando a empolgação inicial por nossos compromissos permanece, trata-se de uma
exceção, quando deveria ser o contrário. Que tal experimentarmos olhar as
coisas ao nosso redor como se nunca as tivéssemos visto antes? Para nos
sentirmos motivados a agir assim, basta que recordemos as emoções que sentimos
quando vivemos boas experiências pela primeira vez.
Quem
não se recorda do turbilhão de sentimentos que tomou conta de nossa alma quando
nos deparamos, pela primeira vez, com a imensidão do mar?
E
o indescritível amor que nos invadiu quando carregamos, pela primeira vez, um
filho nos braços?
E
a emoção de ter fitado os olhos da pessoa amada, pela primeira vez?
A
satisfação pelo primeiro caderno, a felicidade ao concluir as várias etapas
escolares, a conquista do primeiro trabalho.
Procuremos
nos lembrar dessas boas sensações e mantê-las vivas em nosso íntimo, permitindo
que elas nos impulsionem a uma atuação enérgica e dedicada. Não deixemos que o
entusiasmo pela tarefa que abraçamos diminua a cada dia, pois, se assim
permitirmos, quando nos dermos conta, estaremos agindo apenas com automatismo e
nos sentindo sobrecarregados.
Sigamos
o exemplo dessa professora, que consegue transmitir continuamente às crianças,
o amor à tarefa e a viva satisfação de ter a oportunidade do trabalho. Qualquer
que seja nossa atividade, busquemos desempenhá-la com dedicação. Assim agindo,
nosso dia se tornará mais agradável e, com certeza, também levaremos leveza e alegria
àqueles que nos cercam. Procuremos fazer com que o prazer em nossas tarefas
seja a nossa marca registrada, contagiando, inclusive, aos que nos cercam.
Busquemos olhar as coisas à nossa volta como se fosse a primeira vez. E
verificaremos que isso nos trará certo encantamento.
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E Em 4.6.2013
³ Fonte imagem : http://www.bloguesia.com.br/wp-content/uploads/2011/07/gato-de-botas1.jpg
Um comentário:
Bravo, Edu! Adorei este tema, que é outro daqueles que com toda a pertinência, nos põe a reflectir em algo bem importante, mas a que as pessoas, no quotidiano, vão deixando de dar valor! Um abraço!Aguardarei seu próximo tema!
Manuela
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