Você
ama seus filhos, certo? Mas será que eles se sentem amados por você? Você ama
seus filhos, mas será que da melhor forma que há de se amar? Saber comunicar o
amor e aprimorar nossa forma de amá-los é fundamental para se construir uma
relação saudável e ainda, para desenvolver nas crianças uma boa autoestima e
autonomia. Esta comunicação pode se dar, inclusive, sem palavras.
Vejamos
um exemplo: A mãe “a” centraliza sua
atenção em Pedro, e não na tarefa que está executando. Por exemplo, quando lhe
dá banho, os músculos dela estão relaxados e sua atitude é brincalhona e suave.
Há uma luz doce em seus olhos. Ela examina os pés gordinhos e enrugados,
delicia-se com as suas reações ao pingar água sobre sua barriga. Quando Pedro
balbucia, ela responde. Se ele espalha água com as mãos, vê a mãe reagir com
uma risada e participar da sua brincadeira. Não há palavras, mas os dois estão
se comunicando. Pedro sente e vê a receptividade dela. Não sabe que ele é um
ser à parte, mas tem as primeiras noções de que é valorizado.
A mãe “b” aproveita
a hora da amamentação para ler. Seus braços o sustentam frouxa e
indiferentemente. A atenção não se volta para o menino, mas para o livro. Se
Pedro balbucia, ela não toma conhecimento. Quando ele se movimenta, os braços
da mãe não colaboram. Se agarra a blusa dela, a mãe o faz soltar sem sequer
olhar para ele. Pedro e a mãe não estão partilhando uma experiência. Na
verdade, não há um encontro terno, humano, direto de pessoa para pessoa. A mãe
é todo o mundo de Pedro naquele momento e suas primeiras experiências lhe
ensinam que não merece atenção. Para ele, o mundo é um lugar muito frio no qual
tem pouca importância.
Podemos
ver que Pedro teria uma série de impressões muito diferentes a respeito de si
próprio, com a mãe “b” e com a mãe “a”. Se perguntássemos às duas, muito
possivelmente ambas diriam que amam Pedro. Porém, qual delas estaria
comunicando melhor esse amor? Qual delas estaria aproveitando melhor as
potencialidades desse sentimento excelso? Da mesma forma, a superproteção, que
pode ser lida como uma grande expressão de cuidado, de carinho, passa a
mensagem ao filho de que ele não é competente. E não de que ele é muito amado.
A
superproteção reduz o autorespeito, reduz a capacidade das crianças
desenvolverem sua autonomia. São alguns pequenos exemplos de como podemos não
apenas amar mais, mas também amar melhor, amar com sabedoria. Não deixaremos de
lhes dizer sempre, é claro, como são amados, como são importantes para nós. Na
construção de sua autoestima, esta certeza é fundamental. Porém, nossos gestos,
nossas mensagens sem palavras, precisam acompanhar nossa fala.
Pense
com Edu!
Procuremos
como pai, como mãe, como tutor, aprimorar-nos sempre nesta tarefa. Ninguém
nasce sabendo ser pai e mãe exemplar. Busquemos nas leituras, nos estudos, nas
técnicas também, o auxílio que necessitamos para que possamos amar melhor. Que
possamos levar a educação de nossos filhos a sério, como uma profissão:
dedicando-nos a ela de corpo e alma.
COMECE
POR VOCÊ
Para
quem tem olhos de ver, em toda parte ensinamentos se fazem presentes. No túmulo
de um bispo anglicano, que está na cripta da Abadia de Westminster, na praça do
Parlamento, em Londres, pode-se ler o seguinte: Quando eu era jovem, livre, e minha imaginação não tinha limites, eu
sonhava em mudar o mundo. À medida que me tornei mais velho e mais sábio,
descobri que o mundo não ia mudar. Reduzi, então, meu campo de visão e resolvi
mudar apenas meu país. Mas acabei achando que isso, também, eu era incapaz de
mudar. Envelhecendo, numa última e desesperada tentativa, decidi mudar apenas
minha família, os mais próximos, mas, ai de mim, eles não estavam mais ali.
Agora, no meu leito de morte, de repente percebo: se eu tivesse primeiro me
empenhado apenas em mudar a mim mesmo, pelo meu exemplo eu teria mudado minha
família. Com a inspiração da família e encorajado por ela, teria sido capaz de
melhorar meu país e, quem sabe, poderia até ter mudado o mundo.
Refletindo com Edu!
Quase
sempre, pensamos e agimos exatamente assim. É comum lermos um trecho do Bíblia
ou do Evangelho do dia e logo pensarmos como aquelas frases seriam muito
importantes para alguém da nossa família.
Quando
ouvimos uma palestra edificante, que concita ao bem, logo nos vem à mente o
pensamento de que seria muito bom se determinada pessoa estivesse ali para ouvir.
Isso faria muito bem para ela! É o que dizemos para nós mesmos. Como esta
informação a poderia modificar, mudar sua forma de agir.
Quando
estamos vinculados a uma determinada religião, o pensamento não é diferente.
Ficamos a desejar que nossos parentes, nossos amigos, colegas professem a mesma
crença, comunguem dos mesmos ideais. Por vezes, chegamos a nos tornar um pouco
inconvenientes, ou talvez até em demasia, mandando recados, frases escolhidas
para os amigos. Tudo nesse intuito de que eles as leiam, as absorvam e coloquem
em prática. São frases que se referem aos bons costumes, à ética, à moral e
quem as recebe, com certeza, pensará também: Seria muito bom que o remetente
colocasse em prática essas fórmulas. Ele precisa disso.
Por
isso é que o Mundo ainda não é esse local especial que tanto ansiamos: um oásis
de compreensão, com aragem de paz e fontes cantantes de fraternidade. Porque
cada um de nós deseja, pensa, anseia por mudar o outro. Por fazer que o outro
se revista de compreensão, de polidez. Contudo, o Modelo e Guia da Humanidade
estabeleceu que cada um deve dar conta da sua própria administração.
Administração da sua vida, dos seus deveres, da sua missão. O mundo é a
somatória de todos nós, das ações de todos os homens. Cabe-nos pois a inadiável
decisão de nos propormos à própria melhoria. E hoje, hoje é o melhor dia para
isso. Nem amanhã, nem depois. Hoje. Comecemos a pensar em que poderemos nos
melhorar. Quem sabe, um gesto de gentileza? Que tal um Bom dia? Um Obrigado, um
sorriso? Pensemos nisso.
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blog, basta enviar um e-mail para nosso endereço eletrônico: edu.com28@yahoo.com.br
Aguardamos sua
participação. Um abraço fraterno a todos do amigo Eduardo Campos
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - Dorothy Corkille
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de Referência: Autoestima de seu filho, de Dorothy
Corkille, pt. 1, cap. 2, ed. Martins Fontes.
Written by
Eduardo Campos all rights reserved.
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