Foi um encontro discreto do afeto com o
amor... Ela não tinha um teto... Tinha nome de sabedoria e vivia cercada de
palavras, adjetivos, substantivos, verbos e advérbios... Alguns chegam sem
jeito, mas ela chegou com doçura... Quebrou minha armadura e se alojou no meu
peito... Nas historia de amor não há apenas o amor... Nunca dissemos... “eu te
amo”, no entanto, nos amamos... Não é uma
historia comum... Ela escreveu pra mim... Ela era frágil como uma flor...
Sentada naquela praça... Cercadas de palavras de nome comuns como eu... Me deu
muitos livros que me tornaram mas vivo...
Sempre
pensei que todos os dias pudessem ser apenas um dia como qualquer outro, mas
nunca pensei que um encontro podia mudar tudo, aliás, não só um dia, mas todos
os dias que se seguiriam então.
Sempre
pensei que a oportunidade surgiria no tempo certo. O que não pensei é que junto
com ela surgiriam também incertezas e a sensação de não se saber mais nada
sobre o que poderia vir a acontecer.
Sempre
pensei que (3) três meses somariam uma espera longa para um sonho, mas descobri
que um único dia pode parecer mais longo do que tantos meses.
Sempre
pensei que objetivo é determinação, e determinação é coragem, mas descobri que
coragem é tudo que se precisa num momento desse.
Sempre
sonhei com o dia em que veria meu filho nascer. Mas o que não sabia era que um
filho pode nascer para um pai já tendo três meses ou quem sabe cinco anos?
Sempre
pensei sobre como seria passar nove meses treinando sobre como se tornar um
pai, mas o que eu não sabia é que se pode acordar um dia e descobrir que já se
é pai.
Sempre
pensei que existia um manual sobre o que um pai deve fazer, mas descobri que o
manual está dentro de nós mesmos e que um dia simplesmente sabemos tudo o que
deve ser feito.
Sempre
pensei que chegaria o dia em que seríamos apresentados, o que não pensei é que
uma frase ecoaria na minha mente sem que pudesse esquecer: “E essa é sua” Foi
nesse momento que compreendi que tudo realmente tinha mudado e que toda a
espera fez sentido.
Sempre
pensei sobre como as pessoas são engraçadas. Todos olham para você e pensam que
sua vida é perfeita e que não lhe falta nada. Pensam que dor se sente somente
por quem perdeu e não por quem nunca teve. E assim deixam de enxergar o vazio
dentro daquele que simplesmente queria ouvir: “papai”.
Sempre
pensei que na vida, a todo o momento, tiramos novas lições.
Estava certo, pois:
- Aprendi que o
filho está no coração.
- Aprendi que se
pode passar o dia todo pensando simplesmente no momento de chegar a casa e ver
um sorriso.
- Aprendi que não
existe esforço que não valha à pena.
- Aprendi que por
mais que amemos alguém, notamos que surge outro alguém que não imaginássemos
também amar, multiplicando o sentimento que outrora se limitava.
- Aprendi que a
adoção não é um gesto de amor para uma criança e sim o gesto de amor de uma
criança para com seus pais.
- Aprendi, por fim,
a maior de todas as lições, de que não fui eu que adotei a Sophie como filha e
sim ela que me adotou, permitindo meu nascimento como pai.
Um
texto fictício, mas um sonho com sentimentos reais. Dedicada a minha primeira filha do
coração Sophie..
Belém-Pa, dia 09 de
Agosto/2015 03:27h.
Eduardo Campos
Bechara
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