Numa
cidadezinha chamada Vila dos Passarinhos, morava padre Santinho. O sacerdote
era bastante idoso. Bem humorado, conversava com todos, até mesmo com os
animais que ele encontrava. Por esse hábito, muitos diziam que ele estava se
tornando senil. Padre Santinho, por outro lado, não se importava com esses
comentários. Continuava a falar com os animais e a orar por toda a população da
cidade, que ele amava profundamente.
Suas
fervorosas preces pareciam adquirir asas e, à noite, entravam nas casas, bem de
mansinho. No dia seguinte, sem saber o porquê, todos acordavam felizes e rindo
por tudo e por nada.
Num
domingo ensolarado, chegou ao vilarejo um novo padre, muito jovem. Depois desse
dia, não houve mais espaço para padre Santinho. A comunidade o julgava muito
idoso para continuar com suas funções de sacerdote. Embora agradecidos pelos
mais de cinquenta anos que ele estivera à frente das funções religiosas na
cidade, preferiram que o mais jovem continuasse com as tarefas litúrgicas.
O
bondoso idoso foi embora e todos na vila continuaram suas vidas. O sacerdote
foi para as montanhas, um local cheio de melodia por conta do cantar dos
pássaros. Todas as manhãs ele era despertado por suave música, passando o dia
em oração pelos seus queridos amigos do vilarejo. Todavia, numa manhã radiosa,
ele não acordou com os passarinhos. Partiu, retornando ao lar do céu. De sua
morada nas estrelas do infinito e do Eterno, rogava ao Criador pelos seus
amados amigos da Vila dos Passarinhos. E todo amanhecer da população do pequeno
vilarejo permanecia especial. Todos, embalados pela sinfonia amorosa das preces
de padre Santinho, continuavam acordando felizes e rindo sozinhos.
Refletindo com Edu!
Amar
não é tarefa fácil. Exige resignação, humildade, paciência, caridade e outras virtudes
que estamos a cada passo conquistando, mas que ainda não foram de todo
compreendidas e vivenciadas. O convite do Cristo
prossegue sendo: Aquele que deseja me seguir tome a sua cruz e siga-me. A ira,
a inveja, o orgulho, o egoísmo ainda existem dentro de nós e, vez ou outra,
pairam sobre nossos corações. Tais mazelas morais formam a cruz que trazemos em
nosso foro íntimo, cruz que nos compete carregar, se desejamos seguir os
exemplos ensinados por Jesus.
Contra
as enfermidades da Alma, a recomendação eterna do Mestre: Orai e vigiai.
Tenhamos na prece a fortaleza de renunciarmos aos antigos hábitos e
construirmos em nosso interior o homem novo que devemos ser, a fim de
alcançarmos a felicidade.
Pense com Edu!
A
prece é poesia celeste com a qual nos mantemos conectados com a essência Divina
que existe em cada um de nós. Tal essência é o traço, a assinatura do Criador
em cada ser, que faz com que, constantemente, Deus esteja em nós e nós
estejamos em Deus. Assim, confiemos: todas as nossas preces chegam ao coração
do Criador. E Ele sempre nos responde. Tenhamos, portanto, ouvidos de ouvir!
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¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - conto Padre Santinho Bernardo Bam
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de Referência: http://pequenashistoriasinfantis.blogspot.com.br/padre
-santinho-numa-cidadezinha-chamada.html
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