Indiferença – Desonestidade –
Mentira – desprezo
Cada um de nós
gostaria que toda pessoa importante para si fosse honesta. Desde modo, as
parcerias seriam melhores, pois confiaríamos nos parceiros com mais
tranquilidade e nos sentiríamos mais seguros. Na realidade, infelizmente, não
conseguimos tornar um parceiro mais honesto do que ele decide ser.
FREDERIC
LUSKIN
As pessoas, freqüentemente, têm a ideia de que o amor vai
resistir a tudo. Acreditam que o parceiro sempre vai entender, aceitar e
perdoar atitudes de desrespeito ou outras que poderiam abalar o amor.
Será que o amor resiste a tudo? O que um amor a dois pode aguentar?
Muitas vezes o amor é lindo e grande, mas é submetido a uma
carga maior do que as gratificações da relação. O amor pode suportar conflitos
familiares, pessoais, ciúme, doenças, falta de dinheiro, crises de ansiedade...
Mas não pode suportar a indiferença, a desonestidade afetiva, a mentira sentimental e o desprezo.
Não adianta nada você dizer a alguém "Eu te amo"
simplesmente por dizer, sem esta amando de fato. É desgastante para o amor quando
você, por exemplo, entra numa relação sexual sem vontade, apenas para agradar
ao parceiro ou para cumprir uma obrigação. Essa desonestidade em relação a si
próprio só vai gerar mais confusão. A pessoa fica sem entender o que se passa,
porque o que ela ouve de você não corresponde à verdade interna que você, de
alguma forma, manifesta através de pequenos gestos denunciadores.
Se você tem por habito pensar que, se seu par o ama, vai entendê-lo
mesmo que você não expresse o que está sentindo, engano seu. Ele poderá
concluir, a partir de seu silêncio, que você não confia mais nele ou que não ama
mais. Como todas essas manobras ocorrem apenas no nível de pensamento, sem comunicação
direta, a conseqüência poderá ser o afastamento um do outro, sem que nenhum dos
dois saiba exatamente o que está acontecendo e tenha uma possibilidade de
ajuda.
Pode ocorrer que, em seus momentos maus, você descarregue a
ansiedade ou a raiva no seu par, na ilusão de que quem ama tem de aguentar tudo. É claro que você pode desabafar, desde que deixe bem claro que ela nada
tem a ver com a pessoa que esta junto de você. Peça apenas os ouvidos
emprestados e diga que é a confiança que o leva a esse desabafo.
Para refletir
Se você chega em casa — depois de um dia exaustivo e tenso de
trabalho, quando as coisas não correram bem — e está a ponto de explodir,
declare isso o mais rápido que puder, dizendo algo do tipo: "Não estou
nada bem. Meu dia foi horrível. A minha irritação não tem nada a ver com
você". Ou: "Preciso que você me escute; sinto necessidade de
desabafar com alguém em quem confio. Estou muito chateado pelas coisas que
aconteceram hoje..." Se você se trancar no mutismo e na irritação, o mais
provável é que qualquer fato que aconteça, por mais irrelevante que seja, o
leve a despejar seu mau humor na companheira e a canalizar toda essa energia
contra ela, que, sem saber o motivo de tanta agressividade, poderá imaginar que
há algo de errado entre ambos. E cabe a quem está tranqüilo, sentindo-se bem,
aceitar que o amado esteja atravessando maus momentos e ajudá-lo a ficar bem.
Por outro lado, mesmo que o outro não diga nada, o parceiro
que percebe alguma mudança de um dia para o outro pode fazer uma pergunta como:
"Vejo que algo erra do aconteceu. Posso ajudar? Quer contar o que se
passou?"
Finalizando para recomeçar
O importante é que ambos entendam que no amor, como em tudo,
há um limite, O avião não pode levantar voo se o limite de peso da carga for
ultrapassado. Um elevador não pode ser operado com um número excessivo de
pessoas em seu interior. A terra tem seu limite para suportar a seca, a chuva
ou o desmatamento. Para tudo existe um limite de resistência e, quando se exige
demais, o risco de rompimento é grande.
Casais que vivem permanentemente em crise em geral estruturam
suas relações de tal forma que o peso das desqualificações é maior do que a
capacidade das pessoas de sentir-se amadas. Na verdade, não é o amor que é
limitado; o limite está nas pessoas.
¹ Eduardo Campos, Técnico em Gestão
Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do
Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
Contato: edu.com28@yahoo.com.br
³ Fonte imagem :http://www.pop4.com.br/wp-content/uploads/2011/09/ervas
Referência:
Written by Eduardo Campos all rights reserved.
4 comentários:
Já me desiludi e me decepcionei muito... Mas acabei aprendendo que só nos decepcionamos quando colocamos expectativas em cima dos outros... E isso não é bom. Hoje lido um pouco melhor com isso... Mas claro, ainda ocorrem alguns deslizes... rs Mas vamos aprendendo!!rs Adorei o texto!!!!
Nossssaaaa Amigo um excelente texto para refletirmos. Por isso é tão importante praticarmos o desapego, assim as expectativas em torno dos outros diminui e as decepções também. Fácil não é. Mas muito necessário. Estou aprendendo muito com teus textos. Beijos e uma linda noite Edu!!
Gostei de lê-lo!
Oi Edu como sempre um texto de excelência. Com toda certeza estas ervas daninhas infiltradas na relação só tendem a destruí-la. É muito importante iniciar uma relação criando o hábito da transparência, diálogo, respeito, perdão... Se a relação, o amor for construído nesta base vivenciando o processo de cada etapa, as ervas daninhas jamais sufocarão o amor. "Trigo e joio" sempre estarão presentes nas relações, mas cabe aos parceiros escolher quais dos dois querem alimentar, querem dar força. Tenho aprendido muito com seus textos. Parabéns!
Postar um comentário