“Nossa reação a
esse mundo globalizado deveria ser serena: Vou aprender o que puder,
quando puder e no meu ritmo, sem forçar minha natureza. Vou trabalhar no
limite de minhas forças, fazendo o melhor que puder, mas sem a obrigação de
provar coisas a chefes e colegas de trabalho”.
Eduardo Campos
A cada dia estamos mais cheios
de tarefas, compromissos, pendências. Uma lista enorme de coisas a fazer. E nem
sempre o tempo é suficiente.
Vem então a sensação
desagradável de ter de fazer mais coisas do que damos conta. É comum ouvirmos
as pessoas se queixando: Tenho tanto a fazer e gostaria apenas de
dormir. De ficar com minha família, de assistir a um bom filme, de brincar com
meus animais de estimação... Por outro lado, as exigências da vida moderna
nos obrigam a fazer cursos, aperfeiçoar os conhecimentos. É a era da
informação.
É certo que o mundo moderno nos exige muito para
acompanhá-lo, para estar em sintonia com tudo de novo que surge, mas poderíamos
questionar: precisamos realmente de tudo isso?
Precisamos deixar que o trabalho nos escravize, que
ocupe grande parte de nosso tempo, de nossas forças?
Precisamos estar sempre pensando na competição, em
ser melhores do que os outros, em estar na frente das outras ideias, em estar
sempre na vanguarda de tudo?
Será
preciso acompanhar os modismos, as novidades das mídias, para nos sentirmos
bem?
Para refletir
Se fizermos uma análise profunda, veremos que não, que não precisamos de
muito do que temos, de muito do que dizem que devemos ter para construir uma
vida agradável e feliz.
Para quem raciocina que tempo é dinheiro, talvez olhar a natureza seja
perda de tempo, mas para quem já aprendeu a ver que tempo é oportunidade,
descobrirá que apreciar os pássaros, passar mais tempo com a família, ouvir uma
boa música, ler um bom livro, são oportunidades da vida bem aproveitadas.
Um pai, ou uma mãe que tomem a resolução de abrir mão de um sucesso
maior na profissão, por acreditarem que necessitam estar mais próximos dos
filhos, com certeza se sentirão mais realizados do que aqueles que lutam
incansavelmente para dar tudo à família, e esquecem que a sua presença, a sua
atenção, o seu tempo, é o que de mais valioso podem dar a eles.
Esta existência é uma oportunidade única, e é chegado o momento de
despertar para os verdadeiros objetivos que devemos ter aqui.
É chegado o instante de redescobrir o tempo e a sua utilidade.
Finalizando para recomeçar.
Que tal pensarmos: quando foi a última vez que dedicamos o dia para
estar com os nossos afetos?
Quando foi a última vez que conseguimos nos desligar dos problemas
profissionais, para nos ocuparmos com atividades filantrópicas?
Quando foi a última vez que paramos para ouvir, de corpo e alma uma
música, deixando-nos penetrar pela harmonia?
Quando foi a última vez que lemos um livro nobre, uma página edificante?
Quando foi a última vez que lembramos que somos um Espírito imortal, e
que nada levaremos deste mundo além das nossas conquistas morais?
¹ Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em
Docência do Ensino Superior – PROEJA e
Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
Contato: edu.com28@yahoo.com.br
³ Fonte imagem : http://cargocollective.com/1/0/5919/9371336/reacao_explosiva_960.jpg
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2 comentários:
Você conseguiu me dizer exatamente o eu precisava ouvir, tenho muito que aprender na vida! e claro estou aprendendo contigo rs!
Incrível como os teus textos são simples e completos... Concordo na íntegra. Magnifico o texto que me deu um gosto enorme ler... Deixo cumprimentos.
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