Neste espaço, estou disponibilizando
algumas das Palestras que fiz ao longo dos anos em diversos ambientes de saúde,
educativo e religioso. A intenção é que possamos usar, divulgar, enfim, que
seja útil. Gostaria de dividir com vocês alguns trechos...
“Eu tenho a impressão de
quando entramos em uma religião fazemos uma suspensão das nossas virtudes e
vicissitudes. Passamos a serem pessoas neutras porque ficamos com certo constrangimento
em disse, por exemplo, que sentimos raiva, que sentimos inveja, que sentimos
ciúme... Então parece que pegamos isso tudo e deixamos assim olhe no cantinho
ali e vivemos com um novo ser... Ai falamos de amor, falamos de caridade, temos
ate um tom de voz que cativa... Agora você não sabe aquilo que você escondeu
ali dentro. Ai meus amigos é que começam a surgi os problemas porque é nesse
instante que nós entramos no conflito...”
“Ai é que entra o choque
porque não nos transformamos esses sentimentos (raiva, inveja, ciúme) e já
queremos assimilar esses (amor e caridade) não transformamos esse porque
fingirmos que não temos e fingirmos que somos bons e caridosos, generosos, os
bonzinhos... Esquecemo-nos de um detalhe: nem Jesus se deixou ser chamado de
bom. O senhor tu és bom? Não! O meu pai que estais no céu... Então nesse choque
surge a tristeza porque nos sabemos que não somos ainda esse “ser novo” os
bonzinhos... Nós somos assim “...
“Acredito que o primeiro
momento é assumir a nossa individualidade não quer dizer assumir para ninguém
não, assumir para nós próprios... E registrar o que precisamos mudar, e
registrar levantando que precisamos trabalhar para transformar isso é
construção... Essa é a proposta real do crescimento enquanto pessoa, não é de
esta em determinado contexto religioso conduzindo trabalhos fazendo isso
fazendo aquilo. A maior importância é esta: o trabalho aqui dentro do coração”.
“Muito de nós gostamos de
sofre, porque nós gostamos de ser os coitadinhos, porque achamos que as pessoas
vão socorre, nós gostamos da chantagem emocional dos coitaduzinhos, gostamos
sim, infelizmente nós disputamos sofrimento, queres um exemplo? Quando vamos ao
medico para uma consulta, podemos obervar ali na antessala o corredor a disputa
de sofrimento sabe, é ali... Nas coisas sutis, ai você vai ver...
A criatura vira e diz assim:
- eu estou com uma dor nas costas!
- você tem tomado remédio?
Sim pior é que só passa quando eu tomo remédio...
- você que é feliz... Porque
eu tenho uma dor nas costas que não passa nem com uso de remédio, já tomei tudo
é dia e noite essa dorrrrrrrrrrrrrrr me acompanhando... e uma terceira entra na
conversa e fala assim: Mas olhe! E a minha dor começa por aqui ela desce pelo lado direito, quando ela chega
bem aqui ela pula para o pé esquerdo e sobe e cada um vai falando da dor
maior... Nós gostamos disso. Então o que acontece? Ficamos remoendo... Ficamos
gerando sofrimento daquilo”...
“Nós buscamos o bem, mas o
mal ainda nos fixa”. Vocês vejam, quem é que não quer que depois uma vilã ou um
vilão de uma novela no final pague que sofra que morra?... Agente fica... Bem
feito! Isso é pouco. É ai que agente percebe a manifestações nessas horas ou
momento de “descontração” o que vai dentro de nós... E isto é exatamente o
tentar reconhecer o que somos e tira aquilo dali, aquilo que colocamos ali
atrás, daqueles sentimentos que queremos ignora, mas que verdade eles precisam
ser visto de frente, combatidos de um a um...
“Meus amigos ser
verdadeiro se paga um ônus, mas bendito de quem seja! o que não quer dizer ser
grosseiro, porque a pessoas que dizem: Olha quero dizer isso, isso, isso,
porque eu sou assim, o que eu penso eu digo na cara, não mando dizer! Você pode
pensar e dizer o que você pensa sem ser mau educado ou ate mesmo grosseiro não cabe a ninguém aceita a sua falta de
educação ou suas grosserias”...
“Então não nos damos conta que a tal fé
racionada só funciona pela figura de retórica do discurso mas na nossa pratica
não visibilizamos...”
10 comentários:
Deu até um medo de pensar nisso... Mas eu vou encarar! Edu você tem me ajudado muito com esses textos. Beijos adorei muito!!
Oi Edu, parabéns por sua palestra e dividir sua experiência conosco e compartilhando! Abraço!
otimo !!!!!tenho muito que aprender contigo ....pensei que ja sabia tudo ..mas na verdade ...não sei nada !!!! parabens ....adorei
Eva, você me fez rir com seu comentário... porque eu também pensava que sabia tudo, rsrs Mas é por aí, lendo um blog como esse, e caminhando aos poucos que as coisas começam a mudar. Obrigada Eduardo. Abração!!
Muito bom Eduardo, foi um tapa na minha cara, mesmo tendo consciência é difícil de encarar e passar a viver assim, mas é vendo estes seus textos e palestras que vamos nos conscientizando e procurando melhorar para nosso bem e de quem nos cerca. Grande beijo para você
Sim, é exatamente isso que acontece, não damos bola, escondemos esses sentimentos dentro da gente. Mas quase sempre chega o dia que a nossa ficha cai e a gente dá um basta. Muito boa tuas observações!
Muito legal tua palestra. Acho que tem muitas pessoas que deveriam assisti-la, ajudaria muito. Posso compartilhar teu link?
Eduardo você já se imaginou num lar, num grupo da igreja ou no ambiente de trabalho, onde você queira, a todo custo, estar com a razão ou ser o centro das atenções, querer ser o melhor, ou querer ser o certinho(a)? Você já percebeu que isso tudo quase mata você? Você dispende de uma energia enorme para manter-se com a razão. Conseguir admitir que o outro também é bom, que você pode errar sim e que não precisa estar com a razão o tempo todo é uma boa forma de economizar energias, ter mais paz e em consequência ser mais saudável e feliz.
O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis, e vc certamente é uma delas. Seus textos são de uma riqueza imensa. Parabéns!!!
Participo intensamente da igreja e una pura hipocrisia detesto
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