"Dos
20 aos 30 anos, ensina-se o que não sabe. Dos 30 aos 40, o que sabe. E, dos 40
em diante, ensina-se o que deve". É esse o justo momento de identificar e
fazer uso de todas as virtudes anteriormente lapidadas. (Mário Sérgio Cortella)
Ao longo desta semana, observei uma imagem no face que dizia assim
“ SE NÃO DER SOSSEGO NÃO É AMOR, É APEGO”. Depois que li vieram então algumas
lembranças, diferentes eventos, diferentes acontecimentos…
Não
é novidade nenhuma afirmar que um dos problemas mais graves e recorrentes em
qualquer relacionamento é o do dialogo.
Comunicar-se
com a pessoa amada não inclui somente falar, seja sobre o que pensa, sente ou
quer, como a maioria acredita. Inclui especialmente e acima de tudo, ouvi-la.
Mas não ouvir somente com os ouvidos, somente as palavras que estão sendo
ditas, somente o que é conveniente. Para que um dialogo realmente seja construtivo,
ou seja, sirva para o nosso amadurecimento, resolver pendências, amenizar
crises e solidificar o amor, seus interlocutores devem ouvir com todo seu ser,
incluindo sensibilidade, flexibilidade, intuição e a firme decisão de – por
mais difícil que seja – compreender e respeitar o que o outro está
pensando,sinalizando,sentindo ou querendo!
Recordo-me
nesse momento da leitura que fiz do livro O profeta, do autor Kalil Gibran, que
aborda questões sobre o relacionamento com grande sabedoria.
Vou comentar
algumas citações a fim de retirar delas ensinamentos úteis.
Referindo-se
ao casal, diz Gibran: Amai-vos um ao outro, mas não façais do amor um grilhão.
Desconhecendo
ou ignorando esta importante orientação, muitos casais transformam o amor em
verdadeiras cadeias para ambas as partes.
O
amor deve ser espontâneo. Não pode ser motivo de brigas e exigências descabidas.
O
amor compreende. Não deve se constituir em grilhões que prendem e infelicitam.
Por
vezes, em nome do amor, nós queremos que nosso companheiro ou companheira faça
somente o que desejamos.
Só fale
com quem e quando permitimos. Só pode usar as roupas que aprovamos. Só sai se
for em nossa companhia e não pode violar as regras estabelecidas pelo nosso
egoísmo, para evitar brigas.
Isso
não é amor, é prisão.
Amar
sem escravizar, eis o grande desafio.
E o
profeta orienta: Cantai e dançai juntos, e sede alegres, mas deixai cada um de
vós estar sozinho.
É
importante compartilhar, mas saber respeitar a individualidade um do outro, sem
ser invasivo.
Há
pessoas que, se pudessem, controlariam até mesmo o pensamento do seu par, a
ponto de torná-lo a sua própria sombra.
Isso
não é amor, é extremado desejo de posse.
Obrigação
não combina com sentimentos positivo, liberdade sim, está associada a
sentimento positivo.
Mais
uma vez Kalil Gibran aconselha: Vivei juntos, mas não vos aconchegueis em
demasia, pois as colunas do templo erguem-se separadamente, e o carvalho e o
cipreste não crescem à sombra um do outro.
Grandes
ensinamentos podemos retirar daí, pois a comparação é perfeita.
Viver
juntos, mas cada um respeitar o espaço do outro.
O
lar é um templo que deve ser sustentado por duas colunas e não apenas uma
atrapalhando. Cada uma na sua posição para que realmente haja apoio.
O verdadeiro amor é aquele
que compreende, perdoa, renuncia.
Em nome do amor devemos
estender a mão para oferecer apoio e não para contenção.
Quem
ama propicia segurança, confiança e afeto.
¹ Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em
Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
Contato: edu.com28@yahoo.com.br
² Fonte imagem : https://pt-br.facebook.com/
³ Referência: GIBRAN, Kalil. O profeta. São Paulo: Ediouro: 1923 /
2002
Written by Eduardo Campos
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6 comentários:
Ah! que delicia de mensagem e que sejamos assim... Lindo demais! bjs e excelente semana pra ti amigo.
Bom poder te conhecer um pouquinho mais através de seus textos. Parabéns Eduardo
A nossa vida seria quase perfeita se soubéssemos viver dentro destes parâmetros que você escreveu Amigo...
Amigo um excelente texto para refletirmos. Por isso é tão importante praticarmos o desapego, assim as expectativas em torno dos outros diminui e as decepções também. Fácil não é. Mas muito necessário. Estou aprendendo muito com teus textos. Beijos e um lindo dia Edu!!
Nossa que texto maravilhoso Edu. estou amando ler seu blog, perfeito, sensível, tudo....
Um sentimento que aprisiona não é amor, é posse, como a pessoa pode sentir-se feliz com a infelicidade do parceiro. É para refletir mesmo. .. bjuuus da sua fã n 1
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