A pequena formiga
olhava para as alturas para enxerga a enorme elefanta com que conversava,
lamentando-se: - Ah! Minha amiga. Como gostaria de ter esse seu tamanho!
Pequeninas como somos, as formigas são agredidas a todo instante. A chuva ou
alguma pessoa maldosa inundam a nossa casa de água, causando a morte de muitas
de nós.
Tenho que carregar
objetos que são muitas vezes mais pesados do que o meu próprio corpo. Se vou ao
jardim apanhar uma folha ou outra para o meu sustento, sou logo caçada e
liquidada. Como é dura a minha vida e como deve ser fácil a sua, com todo esse
tamanho e força que impõem tanto respeito!
A elefanta, que com
paciência ouvia a pequena formiga, observou:
- A vida é assim
mesmo, amiga formiga! Sempre achamos que os outros não têm problemas como
nossos. Veja bem: enquanto você se alimenta com uma casquinha de pão que cai da
mesa dos homens, eu preciso de quilos de alimento para conseguir alimentar este
corpo enorme. Se você, amiga formiga, machuca a sua pequena pata, o seu
ferimento não dói tanto quanto dói minha ferida, porque, sendo o seu peso muito
leve, não força o lugar machucado. Imagine minha pata ferida tendo que
sustentar o peso deste meu imenso corpo!
A formiguinha,
convencida diante daqueles argumentos, respondeu: - É... Não tinha pensado
nisso tudo não, amiga elefanta. Cada um com seus problemas, não é mesmo?
Para
refletir
Pois é, amigo leitor,
com o ser humano se passa o mesmo, observando a casa do vizinho, mas sem morar
dentro dela para conhecer os problemas que por lá devem existir, julgando ser a
vida do outro um mar de rosas. Deus nos colocou no lugar mais certo, ao lado das pessoas de
quem mais necessitamos, na profissão mais adequada, com a situação financeira
mais justa.
Tudo isso se
transforma em preciosas lições para nosso crescimento espiritual. Quando
contemplamos a vida alheia de longe, não fazemos ideia dos obstáculos que
estejam sendo enfrentados e cobiçamos a situação dos nossos semelhantes. Sempre
a cruz dos outros é mais leve do que a nossa porque não somos nós que a
carregamos. Contudo, se nos fosse transferida para os ombros, passaríamos a
reclamar da mesma maneira.
Muitas vezes, porém,
no outro lar existe o jovem às voltas com as drogas; existe o marido adúltero
ou envolvido com o álcool; existe a filha rebelde que vive em más companhias
até chega a gravidez extremamente problemática; existe alguém com enfermidade
que impõe longo tratamento e dura
preocupação; no lar alheio pode estar a mãe que possui o filho presidiário; uma
família em desagregação e por aí afora.
Não cobice a cruz
alheia, porque, a que trazemos nos ombros possui exatamente o peso que somos
capazes de suportar, por mais improvável que isso possa parecer.
Os problemas que nos
chegam sob a determinação e com o consentimento da Providencia divina nunca
erram de endereço e trazem lições que necessitam ser decifradas para que
possamos crescer para o criador.
Na verdade, o que
queremos é não ter dificuldades, é não ter nada que nos incomode. Não desejamos
a visita importuna da dor. Penso que o grande problema é que não nos
comportamos de modo que isso seja possível, seguindo as orientações deixadas
por Jesus há tantos séculos!
¹ Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em
Docência do Ensino Superior – PROEJA e
Educação em Saúde. Pesquisador do
Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
Contato: edu.com28@yahoo.com.br
² Fonte texto : Ricardo Orestes Forni
³ Fonte imagem : http://3.bp.blogspot.com/-nqEb7JeWiOI/Ukc81d03uTI/AAAAAAAALiU.jpg
Written by
Eduardo Campos all rights reserved.
3 comentários:
É muito bom te ter de voltar aqui no blog Eduardo! Aqui encontro palavras de sabedoria em seus texto!
Meu amigo! Falou tudo com esse texto inteligente! Realmente temos que ser a gente mesmo e não viver querendo ser quem não somos.
Que pôster MARAVILHOSO, cheio de ensinamentos sábios Edu!!! Maravilhosoooooo como sempre, Feliz em ler você Eduardo!
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