Sempre que um novo dia amanhece e os
nossos sentidos buscam captar as belezas que nos cercam, temos vontade de abrir
as janelas da alma e inspirar com força a brisa fresca que brinca com a
folhagem verde, contemplar o alvorecer do dia de hoje ou despedir-se do sol,
quando o crepúsculo enfeita a noite com seu manto negro bordado de estrelas...
Mas você está vivo!
E quando muitos não percebem sequer os
canteiros floridos onde as borboletas bailam e o gramado se espreguiça,
estendido como um tapete verde e macio, convidando a brincar...
E
enquanto outros saem apressados para suas atividades do dia, sem se dar conta
de que hoje é o nosso melhor momento, um poeta se deteve para escrever este
belo conselho em forma de poema:
Apaixone-se pelo mistério que nos
cerca, pelo ar que você respira, pelas árvores e pelas estrelas.
Olhe com atenção para as flores. A
visão é antes uma ação do cérebro que dos olhos.
Ouça o vento nas folhas, o canto dos
pássaros e o tagarelar das crianças.
O ouvir é
uma arte que depende mais da mente que do ouvido. Olhos e ouvidos são canais
fantásticos que levam mensagens até você; eles serão inúteis se, em sua alma,
não habitar a vontade de ver e de ouvir.
Apaixone-se
por sua capacidade de se autotransformar para melhor. Você é um pouco deus na
exata medida em que pode, por sua própria vontade e determinação, construir uma
pessoa melhor.
O caminho
da perfeição é infinito, mas cada passo nesta estrada é fonte cristalina de
pura felicidade.
Ninguém é
tão miserável que não possa dar um primeiro passo na direção certa, assim como
ninguém é tão perfeito que já não precise caminhar.
Apaixone-se
pelo saber, devore livros, raciocine, converse com pessoas inteligentes, ouça
boas músicas, olhe com atenção para as obras de arte.
Os
artistas, os filósofos, os poetas, os cientistas veem, ouvem e sentem mais que
a maioria dos homens, e é mister aprender com eles.
Pergunte,
discuta, descubra, polemize, investigue, faça experiências.
Trabalhe
com o cérebro e com as mãos. Transforme o mundo em um lugar melhor para se
viver.
Não polua,
proteja a natureza, conserte sua calçada, plante flores em sua casa e em sua
rua.
Lembre-se
sempre de que cada atitude sua, cada movimento seu, será sempre na direção do
bem ou do mal. Seu, de seus semelhantes ou de seu mundo.
Apaixone-se
pelo progresso, por sua capacidade de se transformar e de transformar o mundo.
Uma pessoa
capaz de fazer perguntas, como Aristóteles ou Platão, capaz de ouvir, como
Vivaldi ou Verdi, capaz de ver a natureza, como Van Gogh ou Renoir e tantos
outros, capaz de usar as mãos com a habilidade de um Rodin ou de um Michelangelo.
Refletindo com Edu!
Apaixone-se
por uma pessoa que ainda vai nascer.
Apaixone-se
pela tarefa de ser parteiro de si mesmo, pela missão de dar-se à luz por
vontade própria.
Apaixone-se
por você! Mas faça isso, enquanto é hoje...
¹ Fundador e Autor: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo
na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : Oriovisto Guimarães
³ Fonte imagem :http://thesecret.tv.br/leidaatracao/wp-content/uploads/2014/11/apaixone-se.jpg
Livro de Referência: Jornal Gazeta do Povo, em 06/01/2005.
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by Eduardo Campos all rights reserved.
4 comentários:
Boa noite, Eduardo! que poema lindo ! Vou tomá-lo como uma prece para esta noite. Que eu tenha sempre esse discernimento e sabedoria para proferir sempre palavras construtivas. Bjs . Boa semana!
O Eduardo poetou exatamente o que sentimos...
É um reflexivo e agradável texto poético, que apetece ler e reler, é, por assim dizer, como/uma pequena "bíblia", onde podemos "beber", entender as intenções da sua "criadora", fazer parte do "projeto", dando nossas mãos para que as coisas mais simples possam, efetivamente, acontecer, construindo, todos nós um mundo mais salutar.
Eduardo o teu texto apresenta o sinal destes novos tempos em que vivemos... em que a superficialidade dos gestos... nos conduz a uma superficialidade do pensamento... e dos afetos... Feitos de pressa e superficialidade... estes nossos atribulados e conturbados tempos, em que vivemos... As palavras de Edu... sempre assertivas e marcantes... nos dizem sempre tudo... com a sua habitual sensibilidade... Adorei este post, Eduardo!
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