As pessoas,
freqüentemente, têm a ideia de que o amor vai resistir a tudo. Acreditam que o parceiro sempre vai entender, aceitar e perdoar atitudes de desrespeito ou
outras que poderiam abalar o amor.
Eduardo
Bechara
Será que o amor resiste a tudo?
O que um amor a dois pode aguentar?
Muitas vezes o amor é lindo e grande, mas é submetido a uma
carga maior do que as gratificações da relação. O amor pode suportar conflitos
familiares, pessoais, ciúme, doenças, falta de dinheiro, crises de ansiedade...
Mas não pode suportar a indiferença, a
desonestidade afetiva, a mentira sentimental e o desprezo.
Não adianta nada você dizer a alguém "Eu te amo"
simplesmente por dizer, sem esta amando de fato. É desgastante para o amor quando
você, por exemplo, entra numa relação sexual sem vontade, apenas para agradar
ao parceiro ou para cumprir uma obrigação. Essa desonestidade em relação a si
próprio só vai gerar mais confusão. A pessoa fica sem entender o que se passa,
porque o que ela ouve de você não corresponde à verdade interna que você, de
alguma forma, manifesta através de pequenos gestos denunciadores.
Se você tem por habito pensar que, se seu par o ama, vai entendê-lo
mesmo que você não expresse o que está sentindo, engano seu. Ele poderá
concluir, a partir de seu silêncio, que você não confia mais nele ou que não ama
mais. Como todas essas manobras ocorrem apenas no nível de pensamento, sem
comunicação direta, a conseqüência poderá ser o afastamento um do outro, sem
que nenhum dos dois saiba exatamente o que está acontecendo e tenha uma
possibilidade de ajuda.
Pode ocorrer que, em seus momentos maus, você descarregue a
ansiedade ou a raiva no seu par, na ilusão de que quem ama tem de aguentar tudo. É claro que você pode desabafar, desde que deixe bem claro que ela nada
tem a ver com a pessoa que esta junto de você. Peça apenas os ouvidos
emprestados e diga que é a confiança que o leva a esse desabafo.
Refletindo com Edu!
Se você chega em casa — depois de um dia exaustivo e tenso de
trabalho, quando as coisas não correram bem — e está a ponto de explodir,
declare isso o mais rápido que puder, dizendo algo do tipo: "Não estou
nada bem. Meu dia foi horrível. A minha irritação não tem nada a ver com
você". Ou: "Preciso que você me escute; sinto necessidade de
desabafar com alguém em quem confio. Estou muito chateado pelas coisas que
aconteceram hoje..." Se você se trancar no mutismo e na irritação, o mais
provável é que qualquer fato que aconteça, por mais irrelevante que seja, o
leve a despejar seu mau humor na companheira e a canalizar toda essa energia
contra ela, que, sem saber o motivo de tanta agressividade, poderá imaginar que
há algo de errado entre ambos. E cabe a quem está tranqüilo, sentindo-se bem,
aceitar que o amado esteja atravessando maus momentos e ajudá-lo a ficar bem.
Por outro lado, mesmo que o outro não diga nada, o parceiro
que percebe alguma mudança de um dia para o outro pode fazer uma pergunta como:
"Vejo que algo erra do aconteceu. Posso ajudar? Quer contar o que se
passou?"
Finalizando para recomeçar
O importante é que ambos entendam que no amor, como em tudo,
há um limite.
O avião não pode
levantar vôo se o limite de peso da carga for ultrapassado.
Um elevador não pode ser operado com um número excessivo de
pessoas em seu interior.
A terra tem seu limite
para suportar a seca, a chuva ou o desmatamento. Para tudo existe um limite de
resistência e, quando se exige demais, o risco de rompimento é grande.
Casais que vivem permanentemente em crise em geral estruturam
suas relações de tal forma que o peso das desqualificações é maior do que a
capacidade das pessoas de sentir-se amadas.
Pense
com Edu!
Na verdade, não é o amor que é limitado; o limite está nas
pessoas.
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Campos
¹ Fundador e Autor:
Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na
Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto :
Roberto Shinyashiki e Eliana Dumêt.
³ Fonte imagem : https://simonecosta.files.wordpress.com
Livro de
Referência: SHINYASHIKI, Roberto T, e ELIANA, Dumêt. Mistérios do Coração. São
Paulo: Gente, 1998
POWELL, Jonh. Porque tenho medo de amar?. Belo Horizonte: Cresce , 2004.
Written by Eduardo Campos all rights reserved.