Ter fé faz muito bem à saúde
Diversos estudos comprovam a eficácia da fé na
recuperação da saúde. Uma das funções das crenças religiosas pode ser a
de alterar a atividade do sistema imunológico.
Dr. Joel Rennó Jr.
Muitos autores estudam as possíveis relações entre religião e saúde.
Embora haja opiniões e conclusões díspares, o que serve para polemizar ainda
mais o tema, observamos uma certa tendência na aceitação de que a fé e a
religião melhoram a saúde.
Em uma grande revisão sistemática, com cerca de 11mil estudos, baseados
na relação religião- saúde (300 estudos na saúde física e 800 estudos na saúde
mental) , comprovou-se uma correlação positiva entre maior envolvimento
religioso, melhor saúde mental e física, e menor utilização de serviços de
saúde. Em uma amostra americana de cerca de 20 mil adultos, atribuiu-se ao
envolvimento religioso um prolongamento no tempo de vida em torno de sete anos.
Os religiosos geralmente estão mais interessados na imortalidade de suas
almas, do que na mortalidade de seus corpos. Alguns acreditam ser a morte um
verdadeiro marco, levado ao extremismo em determinados cultos. Isso pode ser um
fator de confusão também nos estudos envolvendo mortalidade e religião. Muito
mais do que a melhora da saúde física em si, os médicos deveriam estar mais
preocupados com a melhora da qualidade de vida.
A verdade é que algumas pessoas espiritualistas quando ficam doentes,
aumentam suas participações em comportamentos que possam melhorar sua saúde,
inclusive através de cultos religiosos que ensinam hábitos de vida mais
saudáveis, como largar o tabagismo e o álcool, evitando-se, dessa forma, o
desenvolvimento de cânceres de pulmão, estômago, cavidade oral, faringe,
esôfago, laringe e bexiga. A sensação de pertencer a um grupo social, mantém os
pacientes amparados com melhoria significativa da qualidade de vida.
Benefícios da religião em relação à saúde
A religião pode melhorar a saúde promovendo práticas saúdáveis de vida,
melhorando o suporte social, oferecendo conforto em situações de estresse e
sofrimento e até alterando substâncias químicas cerebrais que regulam o humor e
a ansiedade, levando-nos ao relaxamento psíquico.
Portanto, a religião parece ser um fator psicossocial e até biológico
benéfico na recuperação das doenças físicas e mentais.
Independente dos
possíveis mecanismos, se indivíduos recebem benefícios à saúde através de
práticas religiosas, essas devem ser incentivadas, respeitando-se a
individualidade de crença, contribuindo dessa forma, preventivamente, contra
uma série de doenças e amenizando o sofrimento de vários pacientes.
Não cabe ao médico prescrever uma religião em particular ao paciente, e
sim, encorajá-lo em trabalhos espirituais de sua escolha. As nossas crenças
religiosas não devem ser prescritas aos pacientes que atendemos. Porém, nunca
devemos ignorar o aspecto importante e positivo que a religiosidade apresenta
nas saúdes física e mental do ser humano. Quando os profissionais não souberem
como lidar com essas questões religiosas, deve haver um encaminhamento para
padres, pastores ou rabinos de acordo com a escolha religiosa do paciente.
Concluindo, em função do grande interesse na espiritualidade da
população geral, deve-se incentivar pesquisas científicas de qualidade na área,
despindo-se sempre de valores individuais e voltando-se sempre ao apoio da
escolha religiosa do paciente. Posturas extremistas, por parte de alguns
pacientes, devem ser desaconselhadas pelos médicos, porque não adianta em nada
substituir um tratamento médico por apenas práticas espirituais. O correto é
sempre a perfeita integração e união com a medicina tradicional.
¹ Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em
Docência do Ensino Superior – PROEJA e
Educação em Saúde. Pesquisador do
Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
Contato: edu.com28@yahoo.com.br
² Fonte texto : http://www2.uol.com.br/vyaestelar/vya_quem.htm
³ Fonte imagem : http://www.revide.com.br/media//upload/tinymce/saude%20e%20religiao
Referência: Dr. Joel Rennó Jr - Doutor em Psiquiatria pela
Faculdade de Medicina da USP
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