As pessoas vivem fazendo comparações. Comparam-se com outras
e também comparam as pessoas entre si. O tempo todo ficam imaginado que, se
algo fosse diferente em determinadas pessoas, elas seriam melhores. Quando você
entra nesse esquema de comparações, alguém sempre sai perdendo. E quem perde
geralmente é você mesmo. Imagine quando você comenta ou pensa: "O Eduardo era
mais carinhoso que você (perceba como você se sente infeliz agora); "A Sophia era mais batalhadora que você
(e ela não está mais com você); "Se
eu fosse tão refinada quanta a Paula. (você se sente tão inferior assim?).
Eduardo Bechara
Ao se comparar com alguém, você se impede de ver quanto o
outro é único e especial. O Silvio não será exatamente o Silvio, mas a
continuação do Manuel, que por sua vez é a continuação do Sérgio. E se você
compara a pessoa que está com você com outra, do passado, significa dizer que
você bebe, sempre, com o gosto da bebida anterior deixada no outro copo. E a
bebida de agora é que sai perdendo...
Basicamente, cada pessoa é ela mesma e querer mudá-la é uma
forma de não aceitá-la. As mudanças precisam ser operadas em função do
crescimento individual e, como conseqüência da relacão. Você tem determinada
altura e não pode diminuí la nem aumentá-la. A aceitação desse fato é
fundamental para você viver bem. Certamente, você poderá conquistar objetos
materiais, mas aspectos da personalidade são estruturas existentes há muito
tempo, e são vagarosamente modificados, mesmo assim apenas quando a pessoa
decide mudar.
Muitas vezes, as pessoas se sentem agredidas pelos atos
negativos do seu companheiro. Esquecem-se de que as neuroses deles tiveram
origem em sua infância. Por certo, em
outras situações de sua vida, elas se manifestaram e o fazem sofrer. Alguém
está neurótico porque assim se desenvolvel, e não por ter conhecido você.
Para refletir
Quando as pessoas iniciam uma nova relação, geralmente vêem o
outro como uma pessoa diferente dos parceiros anteriores, como alguém especial.
Porém, à medida que os problemas vão surgindo, começam as comparações com o
último relacionamento e, depois de algum tempo, reafirma-se a crença negativa de
que amar não dá certo. Freqüentemente ouvimos a afirmação: "Eu não dou sorte mesmo; comigo as situações se repetem.
Sempre me apaixono pela pessoa errada".
Alguma vez você já experimentou essa sensação? Porém, em
lugar de se queixar, parou para pensar que pontos em comum têm essas pessoas
com as quais você se envolve e que, depois de um certo tempo, apresentam os
mesmos defeitos e comportamentos? Quando, num relacionamento, não amamos o
outro como realmente ele é, mas como uma imagem que construímos,
inevitavelmente criamos frustração para ambos. O desinteresse e o desencanto
serão nossos eternos companheiros. Quando vem a desilusão, partimos de novo em
busca de alguém que personifique a tal imagem.
Embora não se leve em consideração, é útil a análise do
"curriculun amoroso" de uma pessoa. Se ela começa uma relação nova a
cada curto espaço de tempo, então o prognóstico não é bom. Mas isso não quer
dizer que ela não possa alterar esse comportamento, se decidir investir no
amor.
Para amar alguém, da forma como se apresenta e não viver
procurando um ser ilusorio,o único caminho é nos centrarmos em nós mesmo,
naquilo que realmente somos . e procurar averiguar se a pessoa que estamos
buscando pode existir, de fato ou se só faz parte das nossas fantasias, como um
príncipe (ou princesa) encantado que, além de freqüentar as páginas dos contos
de fadas, só existe na nossa imaginação. Enquanto vivermos sob o domínio das
nossas fantasias, com sistemas de comparações, jamais amaremos alguém com
intensidade. Amamos nos sonhos e ficamos sozinhos quando estamos acordados.
Finalizando para recomeçar
O texto a seguir caracteriza bem a pessoa que
sempre procura alguém ideal: "Enquanto o parceiro ideal não chega, eu vou curtindo
e deixando a vida me levar. Mas, quando ele aparecer, vou ter uma vida calma no
campo.
Bem... afinal, só tenho 20 anos... Enquanto ele não
chega, resolvo trabalhar muito, ler tudo o que puder, aproveitar as gulodices
da vida.
Quando ele chegar, eu quero estar em boa situação
financeira, para curtir a vida com ele. Afinal, só tenho mesmo 30 anos...
É verdade que agora já não tenho um corpinho jovem
nem aquela disposição toda, faço exercícios, mas eles são um pouco mais lentos.
Compreendo que o meu par ideal demora, mas sei que ele virá. Afinal, ainda
tenho 40 anos.
Quanta cultura e sabedoria acumulei durante todos
esses anos... Agora, já não me serve qualquer um. Não gosto de qualquer
conversa e já não tolero determinadas atitudes. Tenho 50 anos e ainda espero
encontrá-lo, mas agora que estou madura sei exatamente o que quero...
A realidade me acordou hoje, somente aos 60 anos...
Meu coração bate com uma certa tristeza! Neste momento, penso em quantos amores
interessantes cruzaram o meu caminho... Por onde seguiram? Estão sozinhos como
eu? Por que descartei tantas chances não ideais? Por que tanta intolerância?
Quando Eduardo me pediu para vestir azul, percebi
que era o branco que me atraía.
Quando Nelson me pediu para usar o branco,
encontrei a beleza no verde.
Hoje a maturidade me revela: não era nem o azul nem
o branco... A cor realmente não importava. Eu era apenas um botão, pronto para
desabrochar, e ninguém percebeu isso. Nem mesmo eu, que estava preocupada em
esconder-me com o azul ou com o branco."
Pense com o Edu!
Quantas
vezes, nesta semana, você teve vontade de convidar alguém para sair, para
conversar, para ir à praia ou ao cinema, e não o fez, temendo que a pessoa
pudesse não ter tempo ou que não gostasse de sua companhia, e, desse modo,
acabou sentindo-se rejeitado sem ao menos ter tentado?
Quantas
vezes você se apaixonou sem que o outro jamais soubesse do seu amor?
Quantas
vezes você abandonou alguém, com medo de ser abandonado antes?
Quantas
vezes você sofreu sozinho, com medo de pedir ajuda e ficar
"dependente" de alguém?
Quantas
vezes você se afastou de um grande amor, com medo de se comprometer?
Quantas
vezes você não se entregou ao amor por medo de perder o controle de sua
"liberdade"?
Quantas
vezes você tomou um choque sem tocar no fio?
Olá queridos leitores! Seja bem-vindo ao meu blog. O seu comentário é um
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eletrônico: edu.com28@yahoo.com.br
Aguardamos sua participação. Um abraço fraterno a todos do amigo Eduardo
Campos
¹ Fundador e Autor:
Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na
Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : Roberto e Jonh.
³ Fonte
imagem :
http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de
Referência: SHINYASHIKI, Roberto T, e ELIANA, Dumêt. Mistérios do Coração. São
Paulo: Gente, 1998
POWELL, Jonh. Porque tenho medo de amar?. Belo Horizonte: Cresce , 2004.
Written by Eduardo Campos all rights reserved.
9 comentários:
Sabe Edu! Eu imagino a vida como um trem, onde quando embarcamos conhecemos diversas pessoas, boas e ruins, pessoas que nos auxiliam durante a nossa viagem, e outras que só servem para atrapalha-la. As vezes algumas pessoas precisam desembarcar antes de nós, pois sua viagem já chegou ao fim, elas podem até deixar um grande vazio mas o trem precisa seguir em frente mesmo deixando alguns passageiros para trás. E em como toda viagem o mais importante não é o destino, mas o caminho, e como você o aproveita até o seu destino final.
Lendo esse texto, me passou um filme na minha cabeça... um texto grandioso, especialmente no fim... Pense com Edu!
Olá, Eduardo! O amor é um sentimento curioso, uma vez sentido, a vida não é mais a mesma. Sempre fui muito romântica e sonhadora, já paguei preços altos por isso, e sei que ainda conservo traços dessa menina. Gosto de ser presença e força nas dificuldades, sinto-me útil, ajudando, apoiando, e só posso torcer que aquele que estiver ao meu lado, compreenda e valorize isso. Penso que o amor só dá certo quando ambos estão fechados num acordo de empatia e cumplicidade, onde ambos se determinam a prestar atenção e compreender o que é importante para o outro.
Gostei muito deste texto, pleno de lindas verdades. Obrigado por compartilhá-lo conosco. Um abraço.
Eu vivo a aprender mais um bocadinho contigo, todos os dias. Beijinho com carinho!
Bom dia Eduardo, sempre maravilhoso os teus textos para refletirmos, muito bom passar por aqui. Desejo uma semana linda! Como você disse na chamada do texto “uma semana com muito amor e alegria”, beijossss!
Amigo Eduardo, vivemos num tempo em que o amor é posto à prova a todo o momento, O desemprego, principalmente o jovem, a falta de um futuro estável, as tentações que este desespero acarreta, faz com que o amor cada vez seja mais adiado. No entanto acredito no verdadeiro amor, aquele que tudo supera e que se fortalece com as dificuldades. Um tema que dava para uma longa conversa.
Muito boa sua iniciativa em escrever sobre o amor essa semana...O amor é provavelmente a maior dádiva que possuímos, o que faz dele algo extremamente difícil de lidar para alguns, já que não pode ser compreendido ou explicado, apenas sentido. E conforme vamos mudando no decorrer da vida, precisamos aprender a enxergar a quem amamos com novos olhos, já que estas pessoas nos mostram os caminhos que devemos seguir.
PARABÉNS EDUARDO PELO TEXTO, ME ENCONTREI NUMA FRASE QUE VC ESCREVEU....
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