Antes
que seja tarde demais... Não tenham medo de ser firmes comigo. Eu prefiro
assim, pois sua firmeza me traz segurança. Não me tratem com excesso de mimos.
Nem tudo que peço e desejo ... me convém.
Não
me corrijam na frente de outras pessoas. Prestarei muito mais atenção se vocês
falarem comigo baixinho e a sós.
Não
permitam que eu forme maus hábitos. Dependo de vocês para descobrir o que é
certo, ou errado, na minha idade.
Não
façam promessas apressadas. Lembrem-se de que me sinto mal, quando as promessas
não são cumpridas.
Não
me protejam das consequências dos meus atos. Às vezes, preciso aprender através
da dor. Não sejam falsos ou mentirosos. A falsidade me deixa confusa,
desnorteada. E acabo perdendo a confiança em vocês.
Não
me incomodem com ninharias. Se assim agirem, terei de proteger-me, aparentando
surdez.
Nunca
deem a impressão de ser perfeitos ou infalíveis. O choque será grande demais
quando eu descobrir que vocês estão longe disso. Não digam que meus temores são
tolices. Eles são terrivelmente reais. Se vocês usarem de compreensão para
comigo, ficarei mais serena e tranquila.
Não
deixem sem resposta as minhas perguntas. Do contrário deixarei de fazê-las,
buscando informações em algum outro lugar.
Não
julguem humilhante um pedido de desculpas. Um perdão sincero torna-me
surpreendentemente mais calorosa para com vocês.
Não
subestimem a minha capacidade de imitação. Eu estarei sempre seguindo os seus
passos com a certeza de que me conduzem pelo caminho certo.
Habituem-se
a ouvir meus apelos silenciosos. Nem sempre consigo expressar meus sentimentos
com palavras. Respeitem as minhas limitações e fragilidades. Nem sempre consigo
fazer tudo o que os deixa orgulhosos.
Ensinem-me
a amar a Deus, pois não quero ser um adulto sem fé nem esperança. E não se
esqueçam jamais que, para desabrochar e florescer, preciso de muita compreensão
e carinho e, acima de tudo, de muito amor...
Refletindo com Edu!
Nosso
filho é o discípulo amado que Deus pôs ao alcance do nosso coração enternecido,
no entanto, a nossa tarefa não pode ir além daquele amor que o Pai propicia a
todos, ensinando, corrigindo e educando através da disciplina para a
felicidade.
Mostremos-lhe
a vida, mas deixemo-lo viver.
Falemos-lhe
das trevas, mas demos-lhe a luz do conhecimento.
Mandemo-lo
à escola, mas façamo-nos mestres dele no lar.
Apresentemos-lhe
o mundo, mas deixemo-lo construir o próprio mundo.
Tomemos-lhe
as mãos e as coloquemos no trabalho, ensinando com o nosso exemplo, mas não lhe
desenvolvamos a inutilidade, realizando as tarefas que lhe competem.
Cumpramos
o nosso dever amando-o, mas exercitemos o nosso amor ensinando-o a amar e
fazendo que no serviço superior ele se faça um homem para que o possamos
bendizer, mais tarde.
Nosso
filho é semente divina; não lhe neguemos, por falso carinho, a cova escura da
fertilidade, pretextando devotamento, porque a semente que não morrer jamais
será fonte de vida.
Nosso
filho é a esperança do mundo; não o asfixiemos no egoísmo dos nossos anseios...
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Aguardamos sua
participação. Um abraço fraterno a todos do amigo Eduardo Campos
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - A criança, do jornal Perfil
policial, de outubro de 1999
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de Referência: livro Crestomatia da imortalidade, Amélia
Rodrigues, Divaldo Franco, ed. Leal.
Written by
Eduardo Campos all rights reserved.
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