São
de conhecimento geral os benefícios que a educação pode trazer para os
indivíduos e para a sociedade.
Não
se cansam os dados estatísticos de nos provarem que a escolaridade de um povo
está vinculada à sua saúde, expectativa de vida, bem-estar.
Todos
os estudos na área comprovam que, a cada ano de estudo, de instrução que um
indivíduo se submete, corresponde a uma proporção em seu ganho salarial médio.
Pessoas
mais instruídas, com mais estudo, têm condições de melhor realizar opções, de
mais claramente fazer suas escolhas e tomar efetivamente o leme de sua vida.
Não
é por outro motivo que há um fenômeno mundial onde cada vez mais as pessoas se
escolarizam. A cada década, maior é o número de pessoas que elege a instrução
como prioridade no seu planejamento de vida.
Busca-se
com entusiasmo o enriquecimento da mente, o investimento cultural, fazendo-se
com que as capacidades intelectuais sejam incentivadas à exaustão.
Pais
matriculam seus filhos em escolas de idiomas, em aulas de reforço escolar.
Jovens recém-saídos da faculdade buscam a pós-graduação, cursos de
aprimoramento, de complementação da formação.
Nada
obstante essa preocupação com o intelecto, justa e adequada, poucos são aqueles
que buscam outra educação.
Embora
educar a mente e intelectualizar-se constitua progresso e conquista valiosa,
educar o coração é tarefa desde sempre adiada.
Sabemos
muito bem como buscar a melhor escola, como traçar o melhor plano de carreira,
como investir na formação intelectual.
E
esquecemo-nos de como fazer com que o coração aprenda valores nobres, como
fazer com que a alma se exercite nas virtudes do bem e do belo.
Somos incentivados
a ser o mais inteligente. Poucas vezes nos preocupamos em ser o mais bondoso.
Buscamos
ser tecnicamente o mais preparado em nossa profissão. Porém, não nos
preocupamos em ser moralmente o mais íntegro em nossa sociedade.
Finalizando para recomeçar
Vivemos
em função da instrução do intelecto e esquecemos de educar os sentimentos.
Por
consequência, somos uma sociedade altamente tecnológica e progressista, mas
moralmente comprometida e abandonada.
Se
hoje políticos se permitem a corrupção e o desvio do seu compromisso público, é
pela falta de valores morais consistentes.
Se tantos se
mostram intolerantes com o seu próximo, chegando às raias da violência física e
verbal, é porque lhes falta a educação da alma.
Nesses
dias de intensa conquista intelectual, faz-se urgente que iniciemos, com o
mesmo afinco e apreço, o processo de educarmos nossa alma.
Analisar os valores
que hoje carregamos para, aos poucos, substituí-los por outros, melhores e mais
saudáveis.
Nossa sociedade
será mais justa, pacífica e nobre, quando cada um de nós iniciar o processo,
individual e urgente, de educar a alma, com a mesma energia que até hoje temos
empregado na educação do nosso intelecto.
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em
Docência do Ensino Superior – PROEJA e
Educação em Saúde. Pesquisador do
Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E -
Hermínio Miranda
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
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