Guerra no trânsito
Se perguntássemos às pessoas se apreciam as guerras, certamente nos
responderiam que as abominam.
No entanto, se não houvesse guerreiros, as guerras fatalmente não se
realizariam.
Prova evidente disso são as guerras no trânsito, que tantas e tantas
vítimas têm feito no mundo inteiro.
São pais e mães de família que, sob a aparente proteção de um veículo,
sentem-se invencíveis e fazem do automóvel um tanque de guerra.
Isso nos faz lembrar uma passagem narrada na Revista Seleções. Um motorista
desses que estão sempre apressados, dirigia seu carro agressivamente e
insultava todos que estavam à sua frente.
Agia como se todos tivessem a obrigação de lhe ceder passagem.
Um sobrinho de 6 anos que estava no banco de trás, ouvindo o tio dizer a
um que tirasse a carroça de sua frente, a outro perguntar se estava dormindo no
volante, entre outros xingamentos, perguntou:
Tio Bob, por que você permite que as pessoas trafeguem
pela "sua" rua?
Tio Bob teve um choque. Diminuiu a velocidade e começou a refletir no
que acabara de ouvir da boca de uma criança, fruto da observação do seu
comportamento.
Deu-se conta de que realmente estava agindo como se fosse o dono da rua.
E o que era pior, ele era uma lição viva ao sobrinho que estava atento a todos
os seus movimentos.
Daquele dia em diante, tio Bob adotou o propósito de nunca mais dirigir
como se a rua lhe pertencesse.
Refletindo com Edu!
Se nós somos daqueles motoristas nervosos, sempre irritados com tudo e
com todos, aliviemos um pouco o pé do acelerador e reflitamos sobre a nossa
postura.
Além do inconveniente de sermos um exemplo vivo de intolerância e
incúria para os que nos observam, há o agravante de fomentarmos as guerras no
trânsito.
Quantos motoristas que, por falta de prudência e paciência, jazem
inermes nas rodovias, nas ruas ou calçadas. Ou fazem vítimas fatais, ou
provocam sequelas irreversíveis em outras pessoas.
Já é tempo de refletirmos em torno dessas questões que a todos nos
interessam.
É tempo de mudar o comportamento
equivocado de declarar guerra aos demais motoristas que, como nós, necessitam
enfrentar o trânsito cada vez mais disputado.
Se sabemos que o trânsito se faz
lento em determinadas horas do dia, saiamos mais cedo. Calculemos melhor o
tempo que levaremos para nos deslocar de um lugar a outro. E, ainda, lembremos
que é melhor perder um minuto na vida do que a vida num minuto.
Antes de xingar alguém no trânsito,
pensemos que talvez a pessoa mereça nossas melhores vibrações por ser alguém
visitado pela dor, pela enfermidade. Ou quiçá seja alguém que esteja a caminho
do hospital, levando consigo um enfermo grave, uma criança em pranto ou outra dificuldade
qualquer.
Seja qual for a situação, jamais nos
arrependeremos por mantermos a paciência e a tolerância no trânsito.
Finalizando para Recomeçar!
A ação precipitada, sem a
necessária prudência, invariavelmente engendra desacertos e aflições sem nome,
conduzindo o aturdido aos despenhadeiros do insucesso, em cuja rampa o remorso
chega tardio.
¹ Fundador e Autor do Blog: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior
– PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - com base no verbete Pensamento
e no verbete Precipitação, do livro Repositório de sabedoria, v. 2, Joanna de Ângelis e Divaldo Pereira Franco, ed.
Leal e em artigo publicado na revista Seleções Reader’s Digest, de nov/1993. Em
25.02.2009.
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
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