Eu sei que amanhã vai passar, mas hoje está doendo muito…
Nossa primeira reação
ao ver uma pessoa querida sofrendo é tentar lhe transmitir esperança, no
sentido de confortar a sua dor. Para isso, costumamos encorajá-la a olhar para
o futuro, dizendo-lhe que aquilo tudo tem algum propósito e ela ainda haverá de
entender, que tudo o que nos acontece é útil e necessário, entre outras
palavras de conforto.
Muitas vezes, porém,
não queremos ouvir ninguém nos dizendo que aquilo vai passar, que amanhã será
um novo dia, que temos de ser persistentes, pois sairemos mais fortes daquilo
tudo. Queremos apenas que alguém entenda a nossa dor e nos deixe sentir todo o
amargor daquele momento doído, alguém que nos permita ser fracos e inseguros
naquele instante, permanecendo ao nosso lado, se possível com um silêncio que
acolha e transmita compreensão.
Todos sabemos que os
tombos nos fortalecem e trazem aprendizados importantes ao nosso amadurecimento
pessoal. Também sabemos que o tempo ameniza o sofrimento e traz novas esperanças,
novos motivos para continuarmos sonhando nossos ideais de vida. Porém, no
momento em que estivermos imersos na escuridão inconsolável, sentindo-nos a
pior das pessoas, muito pouco nos adiantarão quaisquer palavras que tratem do
futuro, porque o hoje estará nos aniquilando.
Isso não quer dizer
que não precisaremos de gente ao nosso lado nos dando forças durante nossas
misérias emocionais; isso quer dizer que precisaremos de alguém que, antes de
tudo, demonstre entender o que estamos sentindo e nos permita passar por
aquilo, até que o fundo do poço não mais nos caiba. Quem sofre precisa de
consolo empático, precisa saber que o outro entende e vai deixá-lo sofrer o que
tiver que ser seu até que consiga expulsar aquilo tudo de sua vida.
Então, quando as
nuvens começarem a se dissipar, quando os raios de sol conseguirem alcançar o
rosto de quem padecia na escuridão, aquele que esteve ali ao seu lado fará toda
a diferença, ajudando-o a voltar ao caminho de ida, à jornada de busca da
felicidade que com certeza ainda estará por vir. Caminhar junto é preciso, mas
saber a quem dar as mãos enquanto se constroem os sonhos que sustentarão essa
jornada determinará a qualidade de vida e de amor que levaremos em nossos
corações.
¹ Fundador e Autor do Blog: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior
– PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : Marcel Camargo / Copyright 2016 by Psiconlinews.
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de Referência: livro Nossos filhos são Espíritos, Hermínio Miranda, ed. Arte e cultura.
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