REDAÇÃO ENEM 2017
TEMA: PRECISAMOS
FALAR DA INCLUSÃO NO CORAÇÃO
POR EDUARDO CAMPOS
Sem
amigos na escola, o menino Roman Povey, de onze anos, nunca quis comemorar seu
aniversário e sempre passou a data sozinho.
Sua
mãe, utilizando-se de uma comunidade social na internet, fez um desabafo,
contando as dificuldades dela e do garoto.
Ela
relata que o filho chora todas as noites por não ter amigos, além de só ter
sido convidado uma única vez para uma festa de aniversário de colegas de sua
escola em Devon, na Inglaterra, onde residem.
Além de ficar
com o coração partido pela tristeza do filho, a mãe contou que Roman tem
dificuldade em fazer amigos e em ser aceito, devido a um problema de
comunicação: Ele teve atraso na fala, e quando as crianças vêm conversar, ele
não acompanha e se sente mal. – Afirma ela.
Ainda, na postagem, a
mãe pedia que os conhecidos enviassem cartões de felicitações pelo aniversário
do filho.
Segundo
o jornal britânico Daily Mail, o post se tornou um viral, e o menino recebeu
mais de quatrocentas cartas de todo o mundo, com felicitações. Pessoas
de Uganda, Dubai, Dinamarca, Áustria, Egito, Nova Zelândia, Alemanha, Noruega,
entre outros.
A compaixão
de todas essas pessoas foi muito inspiradora. Declarou a mãe ao jornal.
Após
o sucesso da mensagem, quando chegou na escola, Roman foi cercado por várias
crianças, que o parabenizaram.
Segundo a mãe, ele
chorou muito. Ele disse que estava chorando de felicidade. – Contou ela. Além
disso, a mãe resolveu organizar uma festa surpresa para o filho. Roman teve uma
surpresa incrível nesta noite.
Muito
obrigada às cinquenta e cinco pessoas que guardaram segredo e participaram de
uma memória inesquecível para o meu filho. – Postou a mãe na rede social.
Refletindo com Edu! Nunca se utilizou tanto este termo
no mundo: inclusão, ou inclusão social. Em alguns países, isso é uma questão
mais bem resolvida, em outros ainda não. Desejamos,
porém, ir mais fundo do que apenas na questão da inserção de todas as pessoas,
sem discriminação qualquer, no ensino regular das escolas ou na sociedade como
um todo.
Precisamos falar da inclusão no
coração, isto é, do sentimento por trás dela, pois de nada adianta isso estar
na lei, se não estiver também no coração, na consciência de cada um.
A ideia de inclusão precisa estar na educação de todos nós, desde o berço.
A
lei de igualdade, lei divina, diz que todos temos os mesmos direitos perante a
vida. Trazemos
sim, cada um, necessidades especiais, características únicas, que nos
diferenciam uns dos outros, mas isso não nos torna, jamais, mais ou menos
merecedores de direitos.
Ainda
iremos descobrir, quando estivermos devidamente maduros como humanidade, que
não foi a lei do mais forte, ou a seleção natural, que nos fez chegar onde
estamos, que nos fez ser mais sábios e melhores.
Chegará o dia em que entenderemos que a única
força que é capaz de proporcionar a verdadeira evolução é a da fraternidade, do
compartilhar conhecimento e felicidade. É a lei do amor que nos rege acima de
todas as outras.
Pense com Edu!
Incluir é ter no coração
este sentimento de que todos somos irmãos, que estamos todos no mesmo barco, e
de que estamos aqui não para competir uns com os outros, mas para nos
ajudarmos. O melhor não será aquele que chegar primeiro, mas sim aquele que
chegar trazendo o maior número de outros em seu abraço.
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E – Eduardo Campos.
³ Fonte imagem :
http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de Referência: Com base em reportagem do site UOL, em
29.4.2015.
Written by
Eduardo Campos all rights reserved.
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