Incondicional
Só
podemos encontrar paz e felicidade no amor quando abrimos mão das condições que
colocamos no nosso amor pelos outros.
Assim inicia um dos
capítulos da obra Os segredos da vida,
a doutora Elizabeth Kübler-Ross, célebre estudiosa suíça, pioneira devotada ao
trabalho com pacientes terminais. Continua ela dizendo que geralmente impomos as
condições mais duras àqueles que mais amamos. O processo de abandonar
condições e expectativas é extremamente difícil, porque, desde que nascemos,
nos ensinaram o amor condicional. Seríamos amados se fôssemos dóceis,
obedientes, estudiosos, bem-comportados e por aí adiante. Havia sempre um “se”.
A escritora ainda
afirma que uma das poucas ocasiões
em que recebemos amor incondicional é quando nossos filhos são bem pequenos.
Eles não se importam com
nosso status, o nosso dinheiro ou as nossas realizações. Eles simplesmente nos
amam.
Somos nós que
acabamos lhes ensinando a colocar condições no amor quando os recompensamos ao
sorrir, tirar boas notas e ser o que queremos que eles sejam. Se amássemos nossos
filhos apenas um pouco mais incondicionalmente, por um pouco mais de tempo,
talvez pudéssemos criar um mundo muito melhor para se viver.
Refletindo com Edu!
A
proposição de Kübler-Ross pode parecer um clamor utópico, é certo.
Uma realidade ainda muito distante, tendo em
vista o nível de nossos relacionamentos atuais no mundo. Mas que isso não nos
impeça de começar a trabalhar em prol dessa conquista. Talvez a primeira
tentativa esbarre no sentimento do medo, do medo de não ser correspondido, de
não ser reconhecido. Mas, ao compreender que a alegria, a gratificação que
procuramos, está sobretudo no dar e não no receber,
perceberemos que mesmo o gesto de amor que parece não ter sido identificado,
quem dera retribuído, nos preenche, nos faz um bem muito grande.
O maior beneficiado
do amor incondicional é sempre seu doador. Quando se acende uma lâmpada –
disseram um dia – a primeira superfície que se ilumina é ela mesma. Está aí a
recompensa do amor.
O criador, quando na
intimidade de seu universo infindo, deu vida ao amor, fê-lo autossustentável.
Em sua essência ele não apresenta condições.
Lembremos de uma situação em que pudemos
fazer um bem a alguém. Uma felicidade que tenhamos proporcionado, ou um pequeno
favor que seja.
Recordemos do prazer
sentido, do sentimento talvez indescritível de tranquilidade, de uma certa paz.
Pois é esse sentimento que a natureza plantou em nosso íntimo, para que
procurássemos o bem, para que procurássemos o amor.
É a lei de amor se manifestando
em uma de suas milhares de formas.
Busquemos, assim, o amor sem exigências, sem
cláusulas, e nos deleitemos com a felicidade de amar.
Finalizando para Recomeçar!
Nossos filhos merecem
nosso amor, independentemente se são bons filhos, se vão bem na escola, se são
obedientes. Na função de cocriadores, missão divina recebida, nosso compromisso
maior está em amar.
Grande parte dos
distúrbios e dos desequilíbrios, consegue suavização apenas através do amor.
Precisamos mostrar
aos nossos rebentos que são amados.
Para isso, cabe a cada pai, a cada mãe, a
busca pelo aprimoramento na arte de formar caracteres, a busca pelo estudo que
lhes orientará sobre a melhor forma de colocar seu amor em prática.
¹ Fundador e Autor do Blog: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior
– PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - Hermínio
Miranda com
base no livro Os segredos da vida, de Elizabeth Kübler-Ross e David Kessler,
ed. Sextante. Em 23.5.2014.
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
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