Em nossas vidas, as estações
também se apresentam.
Quando chega o outono, as folhas das árvores mudam
seus tons de verde para uma variedade de cores inigualável.
Se a primavera é uma explosão de flores e perfumes,
a estação outonal é a dos coloridos mais exuberantes.
A impressão que se tem é de que algumas árvores
disputam entre si qual se vestirá com a cor mais exótica. Olhamos para suas
folhas e difícil nos é dizer qual a cor verdadeira, pois elas se mostram em
tons que variam entre o laranja, amarelo e vermelho.
Algumas apresentam uma mistura de cobre e cinza,
levando-nos a um quase êxtase ao contemplá-las. E ficarão assim, trocando os tons, nos surpreendendo a cada dia, durante
os meses em que se preparam para se vestir de inverno. Outras simplesmente vão, paulatinamente, se jogando
ao chão, uma a uma, como num desmaio constante, despindo os galhos e formando
arabescos e tapetes pelas calçadas, praças e ruas.
Em nossas vidas, as estações também se apresentam.
E no outono da idade alguns de nós optamos por desistir de viver. Olhamos o rosto que apresenta as linhas modeladas
pelo tempo e dizemos que estamos no fim da vida. Passou a juventude. Passou o entusiasmo. Passou a alegria de viver. Os
sonhos foram armazenados para sempre. Por vezes, um tanto dramáticos, até acrescentamos: Agora, é só
esperar a morte.
E se somos incentivados a aproveitar as horas de
que dispomos, com leituras, estudo, algo que nos ilustre um tanto mais,
invocamos os vacilos da memória, as dificuldades de guardar informações. Um verdadeiro declínio. No entanto, deveríamos
aprender com a natureza.
A primavera é a estação das flores, dos dias
amenos, da profusão de frutos se esparramando pelos pomares.
No verão, as cores quentes se apresentam com todo o
vigor. Os arbustos com sua perenidade se vestem de um verde mais intenso.
Nos canteiros, as flores se revezam em cores e
perfumes. E, quando chega o inverno, ela se
deixa despir pelos ventos gélidos, pelas chuvas insistentes, pela geada que se
estende branca e fria. Parece adormecer. É uma espécie
de reclusão para, logo mais, despertar gloriosa aos beijos da primavera que se
permite reprisar em beleza e cores.
E a quadra do outono é exatamente aquela dos dias
lentos, do sol que se apresenta morno e preguiçoso, das folhas que caem.
Refletindo
com Edu!
Efetivamente, poderíamos viver assim. Considerando
a infância a primavera. Época de aproveitar todos os folguedos, os dias de
despreocupação e abastança de horas.
Depois, na maturidade do verão, mostrarmos as
nossas produções, assinalando nossa passagem pelo mundo.
E no outono, nos servirmos da oportunidade de
demonstrarmos todas as nossas nuances, conquistadas ao longo das primeiras
estações. Demonstrar nossa habilidade como
profissional, que atravessou os anos, esmerando-se na qualificação; como ser
humano que vivenciou dias conturbados, experimentou a alegria e a tristeza,
presenciou o progresso chegar e precisou se adequar.
Demonstrar nossa qualidade de amante das coisas
belas, que se debruça nas horas para contemplar os dias de luz.
Pensemos nisso e vivamos melhor essa quadra outonal
que nos chega, às vezes, com algumas limitações, mas, com certeza, cheia de
oportunidades de usufruir cada hora, em totalidade.
Utilizemos de forma sábia o tempo que tenhamos,
convivendo com a família mais estreitamente, compartilhando as conquistas
realizadas.
¹ Fundador e Autor do Blog: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior
– PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : RME
Autoria
desconhecida , Titulo original Quando chega o outono! Internet. adaptado por
Eduardo Campos Em nossas vidas, as estações também se apresentam.
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
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