NA FRENTE
DOS AMIGOS ELE É ótimo! mas no lar Comigo…
Recebi um comentário no Blog essa
semana, da Sophia (nome fictício) o qual ela faz um relato, “Olá Eduardo li o
seu texto sobre aparências e mascaras, e gostaria de fazer uma pergunta... Sou
casada há cinco anos, e meu marido está cada vez mais distante de tudo. Ele é
ótimo, divertido, brincalhão, engraçado, quando estamos com os outros. Quando
estamos fora de casa... Comigo, em casa e parece até outra pessoa. Gostaria de
sua opinião em que fazer”? Confesso amigos que eu precisei pensar bem, pois é
uma situação bem complicada, e espero que eu consiga ter ajuda-la, sinalizando
algumas sugestões a ela.
Então, *Sophia,
quando li o seu comentário no blog, fiquei aqui me perguntando quem é o Otavio,
seu marido. E, quanto mais questiono, temo em lhe dizer, ele é ou está exatamente
como se apresenta em casa.
Mais introvertido, fechado, pensativo, beirando o mau
humorado e carrancudo. Em casa, ele não sabe dar ou receber. Ele não aprendeu a
se relacionar, pelo mesmo, não como você esperava...
Esse é ele. É
nesse espaço da casa, na intimidade com você que ele se mostra como é de fato,
não tão saudável quanto poderia ou aparenta ser.
Fora do
casamento, na rua, com os outros, ele deve estar na máscara. Sendo e fazendo o
que esperam dele... Parecendo ser descolado, divertido,
integrado etc., etc.. Nesse sentido, é importante que você saiba que ele não
faz de propósito e, que o problema não é com você ou com a relação. Ele faz o
que pode, de acordo com suas crenças errôneas, com sua percepção de vida, com o
que viveu e aprendeu.
Depois, é preciso
que compreenda que, verdadeiramente, não há nada errado nisso. De fato, quando chegamos em casa, tiramos a maquiagem, deixamos de lado
o salto alto, as lentes de contato, não vou dizer a compostura, mas, em casa,
ficamos mais relaxados...
E, daí, mudar o
jeito é um passo. Isso, de novo, não é bom ou ruim. É assim. Quando estamos em família, nos permitimos algumas
liberdades e padrões de comportamento que na vida social, quando temos de
desempenhar um papel, não.
A questão é como
mesclar tudo isso e encontrar um meio termo que seja saudável para o casal?
Como se comportar de modo que possamos ficar bem e relaxados em todos os
ambientes, com todas as pessoas?
Não. Não é fácil
encontrar esse equilíbrio, viver com base nesse despojamento e desapego. "Entregar"
para o outro ou os outros o que esse espera, atender às suas expectativas...
Diria a você que
passamos uma vida em busca de ser exatamente quem somos. E como complicamos esse caminhar! Colocamos tudo na frente. Ego,
vaidade, aparência, ter, fazer, estar. Tudo, tudo vem na frente do
"ser". E, então, nos enganamos e enganamos o outro.
Bem, quanto à sua
relação, só mesmo a partir de muito diálogo e compreensão vocês poderão chegar
a um meio termo que seja bom para os dois. Toda relação é construída a dois e
demanda renúncia, concessão. Demanda, mais do que nunca, negociação. Há de se aprender a colocar o como nos sentimos, o
como queremos e gostamos e saber ouvir do outro o mesmo.
Em alguns casos,
terapia de casal ajuda. Ajuda para que possamos nos ouvir e aprender a lidar
com as nossas limitações e, também, com as do outro.
*Nomes fictícios foram utilizados visando preservar
o anonimato dos leitores do blog.
¹ Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em
Docência do Ensino Superior – PROEJA e
Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e Pesquisa em
Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
Contato: edu.com28@yahoo.com.br
² Fonte texto : Sandra Maia Eu Faço Tudo por Você —
Histórias e Relacionamentos Codependentes, Você Está Disponível? Um Caminho
para o Amor Pleno e Coisas do Amor.
³ Fonte imagem : http://29.media.tumblr.com/tumblr_lgy1skYaFV1qeoc22o1_500.jpg
Written by Eduardo Campos all rights reserved.
Um comentário:
Acho, e só acho, que uma relação necessita acima de tudo de duas pessoas felizes! Obviamente nos deparamos com histórias de vida diferentes e limitações idem. Contudo, devemos realizar uma linha de custo x benefício analisando até q ponto sermos coniventes com determinadas atitudes do outro nos faz infeliz e ajuda essa pessoa a evoluir para q seja feliz também. O amor é lindo e não é só um momento.
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