Um dos principais problemas no relacionamento entre as pessoas é
a falta de jeito para falar.
Nem todos conseguimos escolher a melhor forma de dizer algo que
gostaríamos de dizer. E, por isso, surgem os desentendimentos.
Façamos
uma comparação bem simples, que poderá nos ajudar a resolver esse problema.
Imaginemos
que uma pessoa que esteja com um sério problema de saúde vá consultar um
médico. O que ela espera? Certamente, que ele combata sua enfermidade e lhe
restitua a saúde, não é mesmo? Mas, se ao contrário, o médico começasse a
atacar o paciente, o doente, o que aconteceria? No mínimo diríamos que esse
médico é louco.
Pois
bem, na relação entre as pessoas acontece algo semelhante.
Quando
percebemos algum problema no comportamento de alguém partimos para a agressão
ao problemático e não ao problema.
Se
nosso filho, por exemplo, age de forma incorreta, o que fazemos?
Chamamos
o garoto e o atacamos com agressões verbais, diretamente à sua pessoa. Ao invés
de combater o problema em si agredimos seus sentimentos, suas emoções, sua
personalidade.
Quando
a criança deixa suas roupas sujas jogadas no banheiro, qual é o problema? A
roupa jogada.
Então,
numa conversa, devemos tentar evitar que isso ocorra novamente, e para tanto
não resolverá chamar a criança de relaxada, de descuidada, de irresponsável.
Se
nosso filho está usando drogas devemos envidar todos os esforços para que ele
deixe disso. De nada vale chamá-lo de fraco, de doente, de mau caráter. Ao
contrário, essa atitude o fará se sentir ainda mais dependente.
Se
alguém sente ciúme, inveja, ódio e queremos ajudar esse alguém, devemos atacar
os maus sentimentos, e não o indivíduo.
Em
qualquer situação, quando atacamos o enfermo em vez da enfermidade, estamos
incentivando a baixa autoestima da pessoa, estamos dizendo que ela é o
problema, que ela é incapaz, que é um zero à esquerda.
Mas
quando a fazemos refletir sobre o problema, sobre o vício, sobre os
desregramentos, as chances de resolver a questão são bem maiores.
Dizendo
à criatura que ela tem problemas é diferente de dizer que ela é o problema.
Demonstrando que queremos ajudá-la a superar as dificuldades, ela sentirá em
nós um aliado, e não um inquisidor.
Quando
nossa filha tem uma crise de ira e depois nos sentamos ao seu lado e buscamos
um diálogo sincero e afetuoso sobre o assunto, fazendo-a refletir sobre os
inconvenientes da liberação desse sentimento, dos efeitos físicos maléficos que
acarretam, temos grande chance de lograr êxito. Quando oferecemos o antídoto, o
remédio contra a ira, que é a calma, a tranquilidade, a benevolência, estamos
no caminho certo. Mas se, ao contrário, nos iramos também e a agredimos com
palavras amargas, só reforçaremos a sua atitude.
Por
todas essas razões, vale a pena direcionar nossa mira para o alvo certo,
atacando a enfermidade em vez do enfermo.
Estamos
na era da razão e não podemos continuar errando o alvo.
Já
não há mais espaço para a negligência quanto à autoeducação e a educação dos
seres que estão sob nossa responsabilidade.
É
preciso dedicar esforços e buscar esclarecimentos para que a nossa ação seja
efetiva e traga bons resultados.
Pense com Edu!
A
Terra é uma escola. Todos os que aqui estamos precisamos ajudar-nos mutuamente
para o progresso geral. É preciso que voltemos nossos olhares para os
verdadeiros males sociais, que são o orgulho e o egoísmo, combatendo-os sem
trégua. Uma vez abatidos esses males, a Humanidade estará apta a receber o
troféu mais valioso de todos os tempos: a felicidade suprema.
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¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E – Eduardo Campos.
³ Fonte imagem :
http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Written by
Eduardo Campos all rights reserved.
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