Graças a Deus, não me lembro de ter
revidado a menor ofensa que sofri, certamente objetivando, todas elas, o meu
aprendizado. E não me recordo de que tenha, conscientemente, magoado a quem
quer que fosse.
Francisco Xavier
Esta
citação nos faz refletir sobre a forma como agimos diante das ofensas que
sofremos. No cotidiano, nos deparamos com situações que põem à prova a nossa
conduta. São os olhares de desprezo ou de inveja. As palavras que ferem,
humilham, magoam. As indelicadezas e os gestos que perturbam e ofendem. São
também as atitudes contínuas de omissão, de abandono dos deveres, ou de
opressão, que acontecem entre irmãos, casais, pais e filhos, que vão se somando
e se transformando em imensas mágoas.
É
comum vermos famílias desestruturadas pelo cultivo da raiva, do rancor e da
indelicadeza. Enfim, vemos com frequência, relações se esvaindo pela ausência
do perdão. Seja qual for a gravidade do ato infeliz que nos atinja, enxerguemos
o outro, que nos fere e magoa, como alguém que pode estar enfermo e precisando
de ajuda. E como escolhemos agir diante de quem nos ofende? Quando procedemos
da mesma forma que o outro, entrando na sua sintonia, revidando, seja com
palavras ou com atitudes, estaremos deixando que o outro dite a nossa conduta.
Estaremos nos equiparando àquele que cometeu o gesto desequilibrado. É certo
que ficamos tristes quando alguém nos ofende, mas o que deveria mesmo nos
entristecer, é quando somos nós os ofensores.
Refletindo com Edu!
Trabalhar
o perdão ao próximo, assim como o autoperdão, é um exercício diário que podemos
nos propor. Todos nós somos capazes de perdoar. Não nos esqueçamos de que, por
diversas vezes, nós é que desejamos ser perdoados. Temos que começar relevando
e perdoando as leves ofensas, para que estejamos preparados, quando nos
depararmos com situações mais delicadas que nos exijam essa virtude. Perdoar
também é doar. Ao perdoar estaremos doando
entendimento, paciência,
compreensão e o amor que purifica. O esquecimento das ofensas é próprio da alma elevada. Mas o perdão não é o
esquecimento do fato. Por vezes, torna-se difícil eliminar da memória uma
atitude que tenha nos ferido. Perdoar é cessar de ter raiva, é deixar de nutrir
em nós o ressentimento pela pessoa que nos causou a dor ou o gesto infeliz que
nos atingiu. Perdoar acalma, liberta, traz paz e harmonia às nossas vidas. O
verdadeiro perdão é aquele que vem do coração e não dos lábios. Façamo-nos hoje
o convite para que deixemos que o perdão triunfe sobre a mágoa e o
ressentimento.
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - Francisco Xavier
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
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