Imagine-se
em frente a um violino. Instrumento que lhe espera sensibilidade e
inteligência, atenção e carinho para vibrar com você na execução de uma
melodia. Se você o toma de arranco, é possível que lhe caia das mãos,
desafinando-se, quando não seja perdendo alguma peça. Se esquecido em algum
recanto, é provável se transforme em ninho de insetos que lhe dilapidarão a
estrutura madeirada. Se usado, à feição de martelo, fora da função a que se
destina, possivelmente se despedace. Entretanto, guardado em lugar próprio e
manejado na posição certa, como a lhe escutar o coração e o cérebro, ei-lo que
lhe responde com a sublimidade da música.
Refletindo com Edu!
Assim,
igualmente na vida, é o companheiro de quem você espera apoio e colaboração.
Chame-se familiar ou companheiro, chefe ou subordinado, colega ou amigo, se
você lhe busca o auxílio, a golpes de azedume e brutalidade, é possível lhe
escape da área de ação, magoando-se ou perdendo o estímulo ao trabalho. Se
largado ao menosprezo, é provável se entregue a influências infelizes, capazes
de lhe envenenarem a alma. Se empregado por veículo de intriga ou maledicência,
fora das funções edificantes a que se dirige, talvez termine desajustado por
longo tempo. Mas, se conservado com respeito, no culto da amizade, e se
mobilizado na posição certa, como receber de você as melhores vibrações do
coração e do cérebro, ei-lo a lhe corresponder com a excelência e a
oportunidade da colaboração segura. Tal cooperação será erguida em bases de
amor que é, em tudo e em todos, o supremo tesouro da vida.
Pense com Edu!
Sem
indulgência e compreensão é impossível encontrar cooperadores eficientes e
dignos. A convivência constante é desafio ofertado a todos nós, do qual
precisamos sair vencedores. Os companheiros que nos parecem mais difíceis no
conviver, são instrumentos da ordem universal, lapidando nossas virtudes ainda
brutas. O chefe rotulado como intolerante e grosseiro, é convite para que
desenvolvamos a tolerância e o perdão. Não podemos mudar as pessoas, mas
podemos mudar o modo de enxergá-las.
O
subordinado desatencioso e ineficiente é, muitas vezes, aprendiz da vida, que
chegou a nossas mãos para que lhe ensinemos a ser melhor. Frequentemente as
pessoas mais desprezíveis, em nossa superficial avaliação, guardam tristeza imensa
na alma, cicatrizes que ainda machucam muito e que nosso julgamento precipitado
nunca reconhece. O vizinho de mesa no ambiente de trabalho é alma como a nossa,
com os mesmos direitos que nós mesmos. Jamais nos coloquemos em posição de
superioridade vaidosa e egoística. Todos temos direito a dias ruins, quando o
humor está abalado e o sorriso não quer aparecer. Todos, inclusive nosso
companheiro de trabalho. A harmonia da convivência, mesmo com estranhos e
pessoas muito diferentes de nós, só será conquistada quando passarmos a
olhá-los com compaixão e empatia. Ouviremos então uma orquestra tocando bela
música, com violinos, violas, violoncelos e baixos - instrumentos diferentes,
mas que tocam a mesma melodia de amor.
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em
Docência do Ensino Superior – PROEJA e
Educação em Saúde. Pesquisador do
Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - Emmanuel
e Francisco Xavier
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de Referência: Caridade, Emmanuel e Francisco Xavier, ed.
Ide.
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