É
senso comum, nos dias de hoje, a ideia de que o tempo de que dispomos no dia
parece não nos permitir dar conta de tantos afazeres. Frequente é a afirmação
que vinte e quatro horas no dia são poucas, frente a tantas coisas que
assumimos.
Somam-se
os compromissos profissionais, as obrigações sociais, as atividades familiares
preenchendo nossa agenda.
Assim
se escoam as semanas, os meses correm céleres, substituindo-se um ao outro no
calendário que segue rápido para o ano seguinte.
Porém,
é necessário que façamos uma análise de como estamos usando nosso tempo.
Considerado
algo raro nos dias de hoje, o tempo deve ser conduzido com lucidez, empregado
com bom senso.
Assim,
nos cabe a reflexão sobre qual a qualidade do uso de nosso tempo.
Com
que vimos empregando nossas horas? A distribuição delas ao longo da semana
contempla a tudo que é necessário e a todos que nos são importantes?
Há
quanto tempo não dedicamos cinco minutos para ligar para um amigo distante?
Há
quantas semanas ou meses não conseguimos visitar a avó carinhosa, a tia
querida, ou outro parente com quem temos importantes laços emocionais?
E,
além desses que nos são caros, tem sobrado tempo nas nossas horas para os
desconhecidos?
Temos
reservado algum tempo na semana para um trabalho voluntário, para nos
dedicarmos a uma causa importante, para ajudar alguém pelo simples exercício da
solidariedade?
Será
que vimos utilizando nossas horas com parcimônia e na proporção devida para
todas as atividades?
O
tempo que temos dedicado ao trabalho, é o mais adequado?
Já
nos perguntamos se nada tem ficado sem o devido atendimento em razão de
possível exagero em questões de trabalho?
Família,
amigos, têm perdido nossa companhia por empenho demasiado nos deveres
profissionais?
O
tempo para as coisas da alma, também tem merecido prioridade?
Temos
alimentado nossa religiosidade, investido nas coisas que transcendem o corpo?
Ao
realizarmos esses pequenos balanços, vamos nos apercebendo se estamos,
efetivamente, conduzindo nossa vida, se estamos utilizando o tempo da maneira
mais adequada, caminhando para onde é importante.
As
horas, dias ou anos, são os mesmos para cada um de nós. O que nos diferencia é
o aproveitamento que damos a esse bem tão precioso.
Assim, ao
percebermos horas mal utilizadas, busquemos direcioná-las para o que seja útil.
Se
estamos privilegiando muito a um aspecto da vida em detrimento de outro,
reorganizemos nossa agenda.
Afinal,
o tempo que nos é ofertado pela vida, é tal qual os talentos dados pelo Senhor
da Vinha aos seus trabalhadores. Multiplicar esse tempo em nosso benefício e
dos que nos cercam, é sabedoria do bom trabalhador.
Não
malbaratemos as horas, investindo-as em momentos vazios e sem significado. Façamos
dos dias que dispomos, nesta existência, verdadeiro presente de Deus, o melhor
emprego possível, utilizando sabiamente esse tesouro valiosíssimo.
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¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E -
³ Fonte imagem : https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsUhJ7_9yoCWVblBBOqMK-ECDad5Tbovaodq_kjkHhl1CblcYd3OIREL1ADNimfjdflqS2E2gd5qyRS8uN-Dg2LmDDA7YrjlAWSBDy09G2ofBz2AP5bOFaC3QsIpIZYTWaYKmRMQmJTwWa/s1600/O+USO+DO+TEMPO.jpg
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