A gratidão é uma rara virtude. É comum
as pessoas guardarem mágoas por muitos anos de coisas desagradáveis que
vivenciaram. Mas se esquecem, com rapidez, das dádivas que lhes foram
ofertadas, ao longo da vida.
Isso
fez recorda de uma história simples e fantasiosa, que chegou a ser tema de um
filme de curta-metragem, chamado A árvore generosa.
É
a história de uma árvore que se apaixona por um garoto. Moleque, ele se
balançava nos seus galhos. Colocou um balanço e imaginava voar, balançando-se
sempre mais alto, mais alto. Subia nela, até o topo, para ver à distância,
imaginando que a árvore era um navio e ele estava em alto mar, à busca de
terras a serem descobertas.
Na
temporada das frutas, ele se servia das maçãs, deliciando-se com elas. Cansado,
dormia à sua sombra. Eram dias felizes e sem preocupações. A árvore gostava
muito dessa época.
O
menino cresceu e se tornou um rapaz. Agora, por mais que a árvore o convidasse
para brincar, ele não ouvia. Seu interesse era angariar dinheiro, muito
dinheiro. A árvore generosa lhe disse, um dia: Apanhe minhas maçãs e as venda.
O jovem aceitou a sugestão e a árvore ficou feliz. Por um largo tempo, ela não
o viu. Ele se transferiu para outros lugares, viajou, angariou fama e fortuna.
Quando ela o viu, outra vez, sorriu, feliz e o convidou para brincar. Contudo,
ele agora era um homem maduro. Estava cansado do mundo. Preocupações lhe
enrugavam a testa. Tantos eram os problemas que nem ouviu o coração da árvore
bater mais forte quando ele se encostou, de corpo inteiro, à sua sombra, para
pensar. Queria sumir, desaparecer, desejando em verdade fugir dos problemas.
A
árvore generosa lhe sussurrou aos ouvidos e agora ele ouviu: Derrube-me ao
chão, pegue meu tronco e faça um barco para você. Faça uma viagem, navegando
nele. Ele aceitou a sugestão e a árvore tornou a se sentir feliz.
Muitos
anos se passaram. Verões de intenso calor, primaveras de flores, invernos de
ventos e noites solitárias. Finalmente, o homem retornou. Estava velho e cansado
demais para brincar, para sair em busca de riqueza ou para navegar pelos mares.
A árvore lhe sugeriu: Amigo, fui cortada, já não tenho sombra. Sou somente um
toco. Que tal sentar e descansar? O velho aceitou a sugestão e a árvore ficou
feliz...
Refletindo com Edu!
Fazendo
uma retrospectiva de nossas vidas, comparando-as com a da árvore e do menino, é
possível que nos identifiquemos em alguns pontos.
Quantas
árvores generosas tivemos na vida?
Quantas
nos deram parte delas para que crescêssemos e pudéssemos alcançar nossos
objetivos?
Quantas
árvores generosas nos sustentaram nas horas difíceis, alimentando-nos com seus
recursos?
Foram
muitas, muitas mesmo. Se as fôssemos enumerar todas, talvez não coubessem seus
nomes em uma só folha de papel: pais, amigos, irmãos, vizinhos, colegas. Por
isso, essa é uma homenagem de gratidão a todas as árvores generosas dos nossos
caminhos.
Pense com Edu!
A
todos os que foram sustento, abrigo, aconchego, fortaleza. Obrigado, amigos.
Obrigado, Senhor da Vida.
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participação. Um abraço fraterno a todos do amigo Eduardo Campos
¹ Fundador e Autor: Eduardo Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo,
Esp. em Docência do Ensino Superior – PROEJA
e Educação em Saúde. Pesquisador
do Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - Reflexões de Charles R. Swindoll,
³ Fonte imagem :
http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
Livro de Referência: livro Histórias
para o coração, de Alice Gray, ed. United Press. Em 27.11.2008.
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