O tapetinho vermelho!
Ao nos ensinar a rezar,
frisou Jesus que não seria pelo muito falar que seríamos atendidos por
Deus, Nosso Pai. Ao contrário, enfatizou no templo, aos apóstolos, que a oração
do publicano tinha maior poder, pela humildade de que se revestia.
Alguns de nós, quando
convidados a rezar em público, declinamos da oferta, porque acreditamos não
saber dizer palavras bonitas. Pensando nesses termos, é que a história seguinte
se faz muito oportuna.
Uma mulher morava em
uma humilde casa com sua neta muito doente. Como não tinha dinheiro para
levá-la ao médico, decidiu enfrentar a caminhada de duas horas até a cidade
próxima, em busca de ajuda. No único hospital público da cidade, foi orientada
a trazer a neta, que deveria ser examinada.
Pensando em como
faria para trazer a criança, pois ela não conseguia sequer se manter em pé, a
mulher fez o caminho de volta, desconsolada.
Ao passar defronte a
uma igreja, decidiu entrar e, porque visse outras pessoas rezando, pediu a elas
que rezassem por sua netinha.
Passados alguns
minutos, ela mesma se animou a fazer sua oração e em voz alta foi falando: Jesus,
sou eu. Olha, a minha neta está muito doente. Eu gostaria que você fosse lá
para curá-la. Jesus, você pega uma caneta que eu vou dizer onde fica.
Depois de uns
segundos, continuou: Já está com a caneta, Jesus? Então, você vai seguindo em
frente e quando passar o rio com a ponte, você entra na segunda estradinha de
terra. Não vai errar, tá?
Os que estavam por
perto acharam interessante aquele monólogo. Alguns, no entanto, mal podiam
conter o riso. Mas a senhora, de olhos fechados, continuou: Andando mais uns
vinte minutinhos, tem uma vendinha. Pega a rua da mangueira que o meu
barraquinho é o último da rua. Pode entrar que não tem cachorro.
Olha, Jesus, a porta
está trancada, mas a chave fica embaixo do tapetinho vermelho, na entrada. O
senhor pega a chave, entra e cura a minha netinha. Mas, olha só, Jesus, por
favor não esqueça de colocar a chave de novo embaixo do tapetinho vermelho,
senão eu não consigo entrar.
Terminada a oração,
ela se levantou e foi para casa. Ao entrar, sua netinha veio correndo
recebê-la.
Minha neta, você está
de pé? Como é possível?
E a menina respondeu:
Vovó, eu ouvi um barulho na porta e pensei que fosse a senhora voltando. Aí,
entrou em meu quarto um homem alto, com um vestido branco, e mandou que eu me
levantasse. E eu me levantei.
Depois, Ele sorriu,
beijou minha testa e disse que tinha que ir embora, mas pediu que eu avisasse a
senhora que Ele iria deixar a chave embaixo do tapetinho vermelho.
Pense
com Edu
A verdadeira oração
não necessita de palavras difíceis ou muito buriladas. É a manifestação
espontânea do coração que se abre num colóquio íntimo, pedindo, agradecendo,
louvando, reconhecendo a própria pequenez e a grande necessidade.
A força de uma oração
não reside apenas na coordenação das palavras proferidas, mas na intenção que o
pensamento exterioriza, para a fonte de recursos a que se dirige.
Por isso mesmo, o Mestre
de Nazaré ensinou: Buscai e achareis. Batei e abrir-se-vos-á.
¹ Fundador e Autor do Blog: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior
– PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E -
com base na história O tapetinho vermelho, de Célia Vieira, do jornal fluminense,
de out/nov/2001 e do texto O poder da prece, de Mauro Paiva Fonseca, da revista
Reformador, de nov/2001, ed. Feb. Em 22.11.2013
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
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