Heroínas
Heroína – substantivo. Feminino de herói. Quer dizer: pessoa
extraordinária por seus feitos guerreiros, seu valor ou sua magnanimidade.
O Brasil tem suas
heroínas. Algumas que se destacaram por sua coragem de perseguir seus próprios
sonhos, vencendo num mundo de homens.
Guerreiras outras,
como a catarinense Anita Garibaldi, que viveu no século XIX. Durante a
Revolução Farroupilha, no então Estado de São Pedro do Rio Grande do Sul, ela
se uniu a Giuseppe Garibaldi, que a introduziu na revolução.
Lutou no Brasil.
Depois, lutou pela unificação e libertação da Itália, morrendo antes de
completar trinta anos.
Ou como Maria
Quitéria Medeiros que, nas lutas pela Independência do nosso país, tomou o
uniforme de soldado e se alistou com nome masculino.
Quando, dias
depois, foi encontrada pelo pai, o oficial não permitiu que ela fosse por ele
levada de volta para casa.
Ela era um soldado
de valor e um exemplo de bravura. Chegou a ser promovida a alferes.
Quando finalmente,
foi dispensada, recebeu uma carta de recomendação do próprio Imperador, a fim
de que não viesse a sofrer qualquer sanção por parte do pai.
Mulheres. Heroínas.
Como Zilda Arns, promotora da paz. Médica pediatra e sanitarista, fundadora da
Pastoral da criança e da pessoa idosa.
Uma ideia geradora
movia sua ação, copiada da prática de Jesus: multiplicar.
Não pães e peixes,
como Ele fez, mas multiplicar o saber, a solidariedade e os esforços.
Multiplicar o
saber, repassando às pessoas simples os rudimentos de higiene, o cuidado pela
água, a alimentação adequada.
Multiplicar a
solidariedade que, para ser universal, deve alcançar as pessoas que vivem nos
rincões onde ninguém vai. Tentar salvar a criança desnutrida, quase agonizante.
Multiplicar
esforços, envolvendo políticas públicas, ONGs, grupos de base, empresas. Enfim,
todos os que colocam a vida e o amor acima do lucro e da vantagem.
Mas, antes de tudo,
multiplicar a boa vontade generosa.
E a grande
promotora disso tudo foi Zilda Arns. Morreu longe do seu país, que tanto
serviu.
Morreu amando seus
irmãos, no terremoto do Haiti, no dia 13 de janeiro de 2010, em Porto Príncipe.
Fora ali para
servir aos irmãos mais distantes. Jesus decidiu chamá-la para o Seu reino.
Heroínas. Quantas
mais poderíamos enumerar?
Mas desejamos
lembrar as mais anônimas e esquecidas. As que dão à luz a muitos filhos.
E os sustentam.
Mulheres que saem de casa quando a madrugada as cumprimenta, para enfrentar
longa jornada de trabalho.
Canavieiras,
faxineiras, atendentes, executivas. Mulheres de mãos calejadas. Mulheres muito
alinhadas.
Esposas e mães que,
depois de enfrentarem horas de serviço remunerado, ainda têm tempo para amar.
Têm tempo para
serem mães, esposas, filhas, irmãs.
Mulheres que
alimentam bocas famintas, que trocam fraldas, que ensinam os reais valores da
vida.
Heroínas. Anônimas.
Silenciosas, perseverantes.
Promotoras da paz,
da vida, do progresso.
Heroínas.
¹ Fundador e Autor do Blog: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior
– PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E - com base em dados
biográficos de Anita Garibaldi, Maria
Quitéria e Zilda Arns. Em 6.9.2016.
³ Fonte imagem : http://www.intercambio7.com.br/sims-e-naos-para-seu-intercambio.jpg
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