Falar com moderação
Você conseguiria
distinguir se uma carroça está rodando cheia ou vazia, mesmo sem poder vê-la? Essa
foi a lição que o pai deu ao filho, numa tarde quente de verão, na tranquilidade
da pequena fazenda.
Ele convidou o
pequeno para ir ao bosque a fim de escutarem juntos o canto dos pássaros, no
silêncio da mata.
Após ouvirem por
longo tempo a sinfonia dos pássaros, dirigiram-se para uma clareira e o pai
perguntou ao filho: Você está ouvindo alguma coisa além do canto dos pássaros? O
filho apurou os ouvidos e depois de alguns segundos respondeu: Estou ouvindo o
barulho de uma carroça que deve estar descendo pela estrada. Isso mesmo, disse
o pai. É uma carroça vazia.
Mas como é que o
senhor sabe que está vazia se não a podemos ver? Perguntou o garoto intrigado. Ora,
filho, é muito fácil saber que uma carroça está vazia, e sabe por quê? Não,
respondeu o filho.
O pai apoiou a mão no
ombro do menino, olhou bem nos seus olhos e disse: Podemos identificar que uma
carroça está vazia pelo barulho que ela faz. Quanto mais vazia, mais barulhenta
é.
O garoto, que
certamente falava demais e sem pensar muito, logo entendeu a lição e jamais
esqueceu que, quanto mais vazia, mais barulho faz a carroça.
Refletindo com Edu!
A lição daquele pai,
certamente, serve para muitos adultos que costumam falar e falar, sem se dar
conta que suas palavras são vazias tanto quanto sua própria intimidade.
Há pessoas que são
barulhentas, falam alto, gesticulam muito, não deixam ninguém falar e acabam
ficando sozinhas.
Na ânsia de disfarçar
o vazio da alma, fazem muito barulho exterior, infelicitando-se e infelicitando
os que as cercam.
A arte de bem falar
ainda é pouco conhecida de muitos de nós.
E falar bem nunca
significou falar muito, pelo contrário, o poder de síntese é qualidade dos
sábios.
Falar pouco e dizer
muito é coisa que poucos sabem fazer.
Mas, falar muito e
dizer pouco, é um fato comum.
Quem fala demais e
diz o que não deve, acaba escravizado pelas próprias palavras que, uma vez ditas,
não podem mais ser apagadas. Mas, enquanto nós não as dizemos, são nossas
prisioneiras e temos sobre elas total domínio.
Dessa forma, antes de
proferirmos palavras ao vento, lembremo-nos de que podemos ser identificados
pelo nosso modo de falar e pela quantidade e a qualidade das nossas palavras.
Vale a pena lembrar,
ainda, que a faculdade da fala nos foi dada por Deus para construir e edificar,
evoluir e promover o crescimento dos outros.
Finalizando para Recomeçar
Uma palavra gentil é
como uma flor, que exala perfume e balsamiza quem a ouve.
Uma palavra fraternal
é como um raio de sol, que ilumina e aquece quem dela necessita.
Uma palavra cordial é
como suave brisa capaz de pacificar corações e aquietar almas em convulsões.
E as palavras do
Cristo são rotas luminosas, pão de sustento, água refrescante, bálsamo bendito
para incontáveis corações...
¹ Fundador e Autor do Blog: Eduardo
Campos, Técnico em Gestão Pública: Pedagogo, Esp. em Docência do Ensino Superior
– PROEJA e Educação em Saúde. Pesquisador do Grupo de Estudo e
Pesquisa em Educação do Campo na Amazônia-GEPERUAZ/UFPA
² Fonte texto : R M E -
com base no cap. A carroça, Wallace Leal Rodrigues
Livro de Referência: livro E, para o resto da vida..., de
Wallace Leal Rodrigues, ed. O clarim.
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